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Síria: armas químicas, fundo do abismo, afirma núncio

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Vatican News - publicado em 26/08/13
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Dom Mario Zenari conversou com a Rádio Vaticano sobre a situação de guerra na Síria e o recente uso de armas químicas contra rebeldes e civis em Damasco

“Que não se repitam nunca mais, nunca mais, esses crimes, esses massacres”, disse o núncio apostólico em Damasco, dom Mario Zenari, à Rádio Vaticano, ao comentar o uso de armas químicas contra civis nos arredores da capital da Síria

 

Segundo organizações não governamentais, mais de 750 pessoas morreram em decorrência dos ataques químicos, inclusive crianças e mulheres. Desde o início dos confrontos na Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas.

 

“Eu, nestes últimos dias, vendo as imagens terríveis que chocaram todos, ouvi o grito dessas crianças, destas vítimas inocentes, este grito para o céu e um grito para a comunidade internacional: não podemos permanecer em silêncio, diante deste grito, diante deste apelo que chega desses inocentes”, disse dom Mario Zenari.

 

“Naturalmente, eu rezo para que aqueles que têm responsabilidade neste campo – a comunidade internacional, os seus líderes – sejam dotados de muita sabedoria e muita prudência.”

 

Segundo o núncio, a comunidade internacional “deve fazer todo o possível para não ver mais essas imagens que nos abalaram. É preciso encontrar os meios mais adequados e mais oportunos, que não compliquem a situação. Rezemos para que aqueles que têm essas responsabilidades tenham sabedoria e prudência”.

 

Sobre a alta probabilidade de terem sido usadas armas químicas, dom Zenari comentou: “a comunidade internacional está aqui para verificar e estabelecer e espero que haja colaboração por parte das autoridades locais e da parte de todas que estão envolvidos no conflito, de modo que se chegue a uma conclusão.

 

A morte de inocentes “está acontecendo desde o início do conflito, há dois anos e meio. Cerca de um ano atrás, quando aqui em Damasco, os sons da guerra se faziam ouvir, eu tinha a impressão de que a Síria estivesse iniciando a triste descida ao inferno. Hoje, após esses fatos, eu acho que nos questionamos se já chegamos ao fundo desse abismo”.

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