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Países divergem sobre a guerra na Síria

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Agência Brasil - publicado em 06/09/13

ONU se manifesta contra a guerra, pede solução negociada e alerta que a “situação humanitária no país é catastrófica”

O porta-voz do Kremlim (governo da Rússia), Dmitri Peskov, confirmou que o jantar dos líderes do G20 (grupo das 20 maiores economias mundiais), em São Petersburgo (Rússia), onde ocorre a cúpula, demonstrou a divisão existente no cenário internacional sobre a ação militar na Síria, como defendem os Estados Unidos. O jantar ocorreu ontem (5). “As forças [políticas presentes ao jantar] estiveram divididas quase em partes iguais”, ressaltou o porta-voz.

Peskov disse que vários países consideraram a intervenção militar na Síria “precipitada”. Acrescentou que uma “série de Estados [países] apelou para não se desvalorizar o direito internacional e não se esquecer que só o Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] tem o direito de adotar a decisão de empregar a força militar”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que está no comando do G20, propôs a discussão sobre o tema. O presidente norte-americano, Barack Obama, que defende a intervenção militar e aguarda apenas a votação no Senado dos Estados Unidos na próxima semana, estava presente às discussões. Obama alega que a ação é urgente devido aos ataques com armas químicas contra civis, registrados na Síria no último dia 21.

Porém, a ação militar norte-americana sofre resistências da Rússia e China, que têm direito a veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e avaliam que o Parlamento dos Estados Unidos não tem poder para autorizar um ataque contra a Síria. Putin alertou que qualquer ataque que não tenha autorização do conselho poderá ser considerado uma agressão, enquanto a China defendeu que a guerra não é a solução para a crisesíria.

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse que o Brasil é contra a intervenção militar por acreditar que a solução para o fim do impasse deve ser por meio do diálogo e do consenso.

Apelo da ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu aos líderes do G20 (grupo que reúne as maiores economias mundiais) que evitem uma guerra contra a Síria e busquem a solução negociada para o fim do impasse. Ele alertou que a “situação humanitária no país é catastrófica”. Em mais de dois anos de conflitos, cerca de 100 mil pessoas morreram e, diariamente, aproximadamente 2 mil tentam deixar o país em busca de abrigo.

“Há que se explorar formas de evitar maior militarização do conflito e promover a busca de uma solução política”, ressaltou o secretário que participa das discussões da cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia. A presidenta Dilma Rousseff e os principais líderes políticos mundiais também estão presentes.

“[Apelo para que o G20 e o Conselho de Segurança da ONU] reconheçam a necessidade de uma solução política para uma crise humanitária grave e trágica”, disse Ki-moon. “Estamos todos extremamente preocupados e queremos ver o fim do sofrimento do povo. O mundo deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para acabar com o sofrimento dos sírios”, acrescentou.

O secretário ressaltou que os países vizinhos à Síria, para os quais vai grande número de pessoas em busca de abrigo, receberam apenas 40% dos fundos necessários. Segundo ele, o dinheiro está limitado. “Devemos ajudar os vizinhos da Síria que tão generosamente acolheram os refugiados”, reiterou.

(Agência Brasil)

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