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O Facebook nos torna mais felizes ou mais infelizes?

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Jaime Septién - publicado em 17/09/13

Tudo depende de como o utilizamos: a demanda da nossa atenção nos leva a usar o Facebook muito mais de maneira passiva que ativa

Segundo se propaga por aí, acessar o Facebook é como entrar no mundo da alegria, da vontade de estar em contato, viver e ter amigos.

Mas um novo estilo, publicado na revista americana New Yorker por Maria Konnikova, autora do best-seller "Mastermind: how to think like Sherlock Holmes”, mostra a outra cara da moeda. Ou uma nova cara da moeda.

Maria se refere a um estudo recente – que está causando rebuliço nos EUA –, liderado pelo psicólogo Ethan Kross, da Universidade de Michigan. A pesquisa, sobretudo em suas conclusões, sugere que o uso do Facebook nos torna tristes e solitários.

Durante mais de 3 semanas, Ethan e seus colegas enviaram 5 mensagens de texto diariamente a 82 residentes de Ann Arbor. Os pesquisadores queriam saber coisas como: como se sentiam os receptores das mensagens; quão amedrontados e solitários estavam; por quanto tempo haviam utilizado o Facebook; e com que frequência tinham tido interação direta com outras pessoas desde a última mensagem recebida dos estudiosos.

O que Ethan encontrou foi que, quanto mais usavam o Facebook (durante o tempo transcorrido entre o envio das mensagens da equipe de pesquisadores), menos alegres os participantes se sentiam, e a maior parte de suas satisfações vitais declinavam do que eram no início da pesquisa ao que chegavam a ser no final dela. Os dados mostraram que o Facebook estava os tornando infelizes.

Os estudos sobre a alienação causada pela internet entre os usuários confirmam a pesquisa de Ethan. Em 1998, Robert Kraut concluiu que, quanto mais as pessoas usavam a internet, mais solitárias e deprimidas se sentiam.

Depois de cerca de 2 anos usando a internet, o sentido da alegria e do contato social iam diminuindo, dependendo da frequência de acesso.

Por outro lado, a pessoa solitária não é necessariamente a que mais se conecta. Uma revisão recente de pelo menos 75 estudos concluiu que "os usuários do Facebook não diferem muito do perfil dos não usuários".

No entanto, um experimento acaba de concluir que o Facebook poderia causar problemas nas relações interpessoais, por aumentar o sentimento de ciúmes dos usuários.

Mas, como em muitas descobertas sobre o Facebook, o argumento oposto é igualmente interessante: em 2009, o pesquisador Sebastián Valenzuela e seus colegas chegaram a conclusões opostas às de Ethan: usar o Facebook nos faz felizes.

Concluíram inclusive que seu uso elevava o relacionamento social e o compromisso com os outros, e que servia de ponte para incentivar a participação política dos usuários. Sebastián opina que as redes sociais são um meio privilegiado para compartilhar experiências com os outros.

Tudo parece depender das duas experiências do Facebook: a ativa e a passiva. Os usuários gastam muito mais tempo navegando entre alimentadores de notícias que produzindo conteúdo.

Isso poderia levar a que os estudos gerais sobre o Facebook – como o de Ethan – mostrem profundos efeitos negativos no estado emocional dos usuários. A demanda da nossa atenção nos leva a usar o Facebook muito mais de maneira passiva que ativa.

E as experiências passivas, seja qual for o meio, nos levam a sentimentos de desconexão e tédio, conclui o texto de Maria Konnikova.

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