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O diagnóstico pré-implantacional (DPI) já curou algum bebê?

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Aleteia Vaticano - publicado em 24/09/13

Este tipo de diagnóstico nunca curou ninguém: ele é usado para reimplantar um embrião saudável selecionado e eliminar os embriões doentes

A mídia às vezes mostra notícias de crianças que nasceram sem uma doença "graças" ao diagnóstico pré-implantacional. Muitos acreditam que tais crianças foram curadas. Será?

Na verdade, não, pois o diagnóstico pré-implantacional (DPI) não cura ninguém. A explicação está no "Manual de bioética dos jovens", recebido por todos os inscritos na Jornada Mundial da Juventude Rio2013.

O bebê concebido por DPI nasce livre de uma doença que nunca teve. O DPI permite escolher embriões para reimplantar um embrião saudável e eliminar os que estão doentes.

O DPI é uma técnica de seleção de embriões utilizada pelos casais férteis preocupados com alguma doença genética. O objetivo é obter, após uma fecundação in vitro, o nascimento de uma criança não afetada pela doença ou que tenha uma característica genética desejada.

Um "bebê medicamento" é um bebê nascido após uma seleção DPI no contexto de uma fecundação in vitro, para curar seu irmão(a) mais velho(a) afetado por uma doença genética grave. É preciso conceber cerca de 100 embriões para obter um nascimento de um "bebê medicamento".

O "bebê medicamento" é resultado de uma técnica duplamente eugênica. Existem outros meios para tratar das patologias, que não têm os impedimentos éticos da dupla DPI.

O sofrimento dos pais diante da doença do seu filho é compreensível. Mas é ético criar um filho para salvar o outro? Quantos embriões é preciso conceber e eliminar para que um só nasça?

Ainda que receba muito amor dos seus pais, o "bebê medicamento" é considerado como um objeto, devido ao ato para o qual ele foi trazido à vida. Ele é escolhido por sua utilidade com relação a um doente.

Do ponto de vista ético, o DPI é uma técnica para a detecção precoce de doenças genéticas. Ele promove a eliminação das categorias de sujeitos (embriões) pelo seu código genético. Neste caso, podemos falar de eugenia.

Ao oferecer a pais não estéreis o recurso à fecundação in vitro para selecionar seus filhos por critérios genéticos, o DPI segue o transhumanismo (ou pós-humanismo), que defende a ideia de que a ciência e a tecnologia podem melhorar as características físicas e mentais do homem e reivindica o surgimento de uma nova espécie.

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