O dever de um jornalista é informar para ajudar a sociedade, e não para incentivar o ódio ou a arrogânciaO Pe. Elver Rojas Herrera, diretor do departamento de Comunicação Social da CEC (Conferência Episcopal da Colômbia) escreveu um profundo e esclarecedor artigo sobre o jornalismo e suas qualidades, bem como seus possíveis defeitos.
O Pe. Rojas reflete sobre o sensacionalismo jornalístico sem fundamento, na imprensa em geral, nas notícias divulgadas por meio do Twitter, com a finalidade de "impactar a audiência".
O sacerdote colombiano também se refere à investigação sobre dois padres da diocese de San José del Guaviare, acusados de pedofilia, assunto tratado com morbosidade pela rádio de maior prestígio na Colômbia.
Ele recorda que Ryszard Kapuuscinski, o célebre jornalista polonês, disse: "O dever de um jornalista é informar, informar de maneira que ajude a humanidade, e não incentivando o ódio ou a arrogância. A notícia deve servir para aumentar o conhecimento do outro, o respeito ao outro".
"Ouvir frases como 'Por respeito aos ouvintes, não transmitiremos as gravações, que são terríveis, mas acessem nossa página e lá poderão ouvi-las', com todo respeito, mas isso tem um tom maquiavélico. É como dizer a uma mulher: 'Eu tenho provas de que seu marido a trai, mas, por respeito a você e aos seus filhos, não lhe mostrarei as fotos – que você pode encontrar na minha página do Facebook'…", escreve o Pe. Rojas.
Mais adiante, o sacerdote colombiano se pergunta se a ética profissional serve somente para a rádio ou para a mídia virtual também, e afirma: "'Que toda vítima conte com nossa consideração e apoio' não é um argumento para que o jornalista perca a sensatez, monte um tribunal midiático e, antes de que a investigação acabe, mostre-se à opinião pública carregando a bandeira da justiça, faltando inclusive à caridade, tanto com a vítima quanto com o agressor".
Na parte central do texto, ele cita Kapuuscinski novamente: "Para exercer o jornalismo, é preciso, antes de tudo, ser bons seres humanos. Quando se é uma boa pessoa, é possível tentar compreender os outros, suas intenções, sua fé, seus interesses, suas dificuldades, suas tragédias".
Para o Pe. Rojas, os jornalistas precisam entender que "a caridade vai muito além da lei".
Ele conclui afirmando: "Muito além do aspecto cruel e inumano que caracteriza os casos de pederastia, (…) o jornalista deve lidar com estes e outros casos com profissionalismo e sensatez, de tal maneira que seu público possa confiar mais nestes espaços jornalísticos e se sinta motivado inclusive a denunciar sem medo".
Jornalismo: a caridade vai muito além da lei
Jaime Septién - publicado em 11/10/13
Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?
Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!
Tags:
Aleteia vive graças às suas doações.
Ajude-nos a continuar nossa missão de compartilhar informações cristãs e belas histórias, apoiando-nos.
Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?
Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!
Top 10
1

Oração a santa Rita de Cássia por uma causa impossível
2

A antiga oração a São José que é “conhecida por nunca ter falhado”
3

Santa Rita de Cássia: pela fé, o impossível acontece
4

Oração a São Rafael Arcanjo para a cura de doenças
5

Oração de São Patrício contra feitiços e malefícios
6
![[Receita] Bolo de Amêndoas de Santa Rita de Cássia](https://wp.pt.aleteia.org/wp-content/uploads/sites/5/2025/05/casa-santa-luzia.jpeg?resize=75,75&q=25)
[Receita] Bolo de Amêndoas de Santa Rita de Cássia
7

Menina de 3 anos sobrevivente de um câncer vira dama de honra do casamento da sua doadora de medula óssea
See More