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Não ao luxo: a sobriedade do Papa Francisco está sendo contagiosa

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Patricia Navas - publicado em 28/10/13

Suas palavras e ações estão pesando mais que a vaidade de muitos

A aposta do Papa Francisco em "uma Igreja pobre e para os pobres", suas advertências contra a vaidade e a cobiça, bem como o seu estilo pessoal simples, estão fazendo que a sobriedade vire moda.

Suas palavras e gestos estão ajudando a que muitos católicos se lembrem mais dos pobres, da solidariedade e das periferias; depois de escutar Francisco, alguns optaram por trocar seus carros do ano por outros mais simples, ou ajustaram seus gastos.

"Ultimamente, no Vaticano, não é difícil ver bispos e padres que, depois de serem vistos dirigindo carros de luxo, fazem questão de explicar que são modelos de segunda mão ou adquiridos a preços baixos", destaca a agência Ansa, em um artigo sobre o tema.

No que diz respeito a carros, Francisco usou um papamóvel sem blindagem e carros nada ostentosos: um Vokswagen Phaeton, um Ford Focus bem rodado, um Fiat Idea no Brasil, um Renault 4 no Vaticano, um Panda em Assis e inclusive uma Campagnola em Lampedusa, oferecida por um habitante da ilha.

Com relação à sua residência, Francisco trocou o Palácio Apostólico por uma modesta suíte na casa de hóspedes do Vaticano.

"O Papa Francisco leva a sério seu voto jesuíta de pobreza e o nome que tomou de São Francisco, quem amava a 'Senhora Pobreza'", destaca o Pe. Dwight Longenecker em um artigo sobre os católicos e a pobreza.

"Digo realmente a vocês que me sinto mal quando vejo um sacerdote ou uma religiosa com um carro luxuoso. Não pode ser assim!", exclamou o Papa em 6 de julho passado, em um discurso a seminaristas, noviços e noviças.

E acrescentou: "Reconheço que o carro seja necessário, pois nos ajuda a nos mover com facilidade. Mas comprem um carro mais simples. E se você gostou do carro bonito, pense nas muitas crianças que morrem de fome. Somente isso! A alegria não vem das coisas que possuímos!".

A opção do Papa Francisco pela pobreza "não é um amor ao sacrifício em si, nem uma obsessão pela austeridade", mas uma forma de se despir interiormente "para colocar Deus e as outras pessoas no centro da própria vida", explicou o reitor da Universidade Católica da Argentina, Víctor Manuel Fernández, em uma entrevista ao jornal italiano La Repubblica.

O teólogo destacou que "o Papa Francisco não gosta dos padres príncipes, que tiram férias caras demais ou jantam nos melhores restaurantes, com objetos de ouro ostentosos sobre as vestiduras, ou visitas contínuas a pessoas poderosas".

E o Pontífice demonstrou isso também nestes dias, ao afastar o bispo de Limburg da sua diocese durante a investigação de um gasto de 31 milhões de euros da diocese para a reforma de sua residência oficial.

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