O Papa Francisco usou hoje a imagem de Maria para explicar o que é a esperança: “penso em Maria, uma rapariga jovem, quando, depois que ela sentiu que era mãe mudou a sua atitude e vai, ajuda e canta aquele hino de louvor”.
O Papa afirmou que “quando uma mulher engravida é mulher, mas já não é só mulher, é mãe. E a esperança é qualquer coisa como isto.”
Em sua homilia da missa na Casa Santa Marta, Francisco reconheceu que não é fácil compreender o que é realmente a esperança.
“A esperança não é otimismo, não é aquela capacidade de olhar para as coisas com bom ânimo e andar para a frente. Nem a esperança é uma atitude positiva perante as coisas. Aquelas pessoas luminosas, positivas… Isto é bom mas não é esperança”.
Segundo o Papa, “para nos aproximarmos um pouco, podemos dizer, em primeiro lugar, que a esperança é um risco, é uma virtude arriscada, é uma virtude, como diz S. Paulo ‘de uma ardente expectativa em direção à revelação do Filho de Deus’. Não é uma ilusão.”
“A esperança é, portanto, mais do que otimismo, mais do que bom ânimo… Os primeiros cristãos consideravam a esperança como uma âncora na margem do Além. E a nossa vida é, precisamente, caminhar em direção a esta âncora.”
“Vem-me à mente a pergunta: onde estamos nós ancorados, cada um de nós? Estamos ancorados precisamente na margem daquele oceano tão distante ou estamos ancorados num lago artificial que nós construímos, com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiásticas e não eclesiais? Estamos ancorados ali? Tudo cômodo, tudo seguro? Aquilo não é a esperança.”
(Com informações da Rádio Vaticano)