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Diane 35: o polêmico anticoncepcional causou 27 mortes só na Holanda

Pastillas anticonceptivos – pt

© MYCHELE DANIAU / ARCHIVES / AFP

Fórum Libertas - publicado em 31/10/13

A pílula e seu fabricante, Bayer, também foram objeto de críticas em outros países, devido às mortes causadas pelos seus efeitos colaterais

O Diane 35, uma pílula hormonal, está protagonizando uma polêmica que inclui mortes de mulheres jovens. O medicamento do laboratório alemão Bayer é usado como anticoncepcional, mas também para o tratamento da acne e pilosidade feminina.

Segundo o Centro de Vigilância Sanitária da Holanda, que se dedica a estudar os efeitos colaterais dos medicamentos, o Diane 35 causou a morte de 27 mulheres no país.

A maioria das mulheres que morreram tinha menos de 30 anos, e as principais causas das mortes foram embolia pulmonar e trombose, devido aos coágulos formados no corpo – um dos efeitos colaterais do remédio. Esta pílula também foi associada a estados de depressão nas mulheres, segundo pesquisadores do Reino Unido.

No início deste ano, a França proibiu o Diane 35, depois da morte de quatro mulheres; outras 100 desenvolveram coágulos potencialmente fatais depois de tomar o medicamento, mas as autoridades da União Europeia (UE) ordenaram que a França cancelasse a proibição em julho, alegando que os benefícios do remédio superam os riscos, quando ele é tomado como se indica: para o tratamento da acne e da pilosidade. Porém, a comissão da UE afirmou que a droga não é aconselhável como anticoncepcional, segundo informações do site Life Site News.

O Diane 35 e a Bayer também foram criticados em outros países, pois várias mulheres jovens e saudáveis acabaram morrendo depois de tomar o remédio. Em 2001, o Reino Unido emitiu uma advertência sobre o risco de trombose venosa profunda associada ao Diane 35, e um estudo de 2009, na Dinamarca, mostrou que o risco de desenvolver este tipo de coágulos nas pacientes aumentou quase sete vezes no primeiro ano de uso.

A Austrália e o Canadá iniciaram pesquisas sobre a segurança do Diane 35 no último ano, impulsionados pela proibição francesa e pelo ativismo dos pais que perderam suas filhas devido a este medicamento.

No Canadá, um desses pais é Bruce McKenzie, cuja filha, Marit, uma jovem de 18 anos e estudante do primeiro ano da Universidade de Calgary, faleceu em 28 de janeiro, depois de tomar Diane 35 durante menos de um ano.

Algumas semanas antes da sua morte, a jovem começou a se sentir fraca, queixando-se de fadiga constante, até que, numa noite, chamou seu pai, dizendo-lhe que seu ritmo cardíaco tinha aumentado e que não conseguia respirar. Bruce a levou diretamente ao hospital, onde ela sofreu quatro infartos do miocárdio antes de que os médicos percebessem que ela tinha uma embolia massiva bloqueando o fluxo de sangue nos pulmões. Dois dias depois, ela faleceu.

Outras 13 mulheres canadenses morreram prematuramente devido ao Diane 35, desde 2000, segundo a base de dados do Health Canada. Oito delas eram menores de 21 anos; outras 165 sofreram lesões graves ou ficaram inválidas pelo uso do medicamento.

O Canadá tem pesquisado sobre a segurança do Diane 35 nos últimos dez anos, mas as agências de saúde sempre acabaram concluindo, como na União Europeia, que os benefícios doremédio são maiores que seus riscos.

A Bayer manifestou “suas mais profundas condolências pelas mulheres e famílias que foram prejudicadas pelo uso do Diane 35“. E acrescentou: “A Bayer se dispõe a colaborar com as respectivas autoridades de saúde sobre o uso e o perfil de risco e benefícios do Diane 35“.

Tags:
Saúde
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