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Papa: na morte estamos nas mãos de Deus

Pope Francis and the Church’s Witness Against War – pt

Alberto

Vatican News - publicado em 05/11/13

“Mesmo as potências demoníacas, hostis ao homem, se detêm impotentes diante da íntima união de amor entre Jesus e quem o acolhe com fé”, diz Francisco

O Papa Francisco explicou que perante alguma dúvida que possa surgir com a morte de uma pessoa querida, a resposta está na Bíblia, quando afirma que todos “estão nas mãos de Deus”.

Francisco abordou o tema da morte na missa dedicada ontem aos cardeais e bispos falecidos nos últimos 12 meses. A celebração foi realizada na Basílica de São Pedro.

"Nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem qualquer outra criatura": nada – afirma o Apóstolo (Rm, 8, 38-39) – "poderá nos separar do amor de Deus". E nessa mesma inabalável convicção se encontra "o motivo mais profundo, invencível, da confiança e da esperança cristãs".

"Mesmo as potências demoníacas, hostis ao homem, se detêm impotentes diante da íntima união de amor entre Jesus e quem o acolhe com fé. Essa realidade do amor fiel que Deus tem para com cada um de nós ajuda-nos a enfrentar com serenidade e força o caminho de cada dia, que por vezes é rápido, por vezes, ao invés, é lento e árduo. Somente o pecado do homem pode romper esse laço; mas também neste caso Deus o buscará sempre, irá a seu encontro para restabelecer com ele uma união que perdura mesmo após a morte, aliás, uma união que no encontro final com o Pai alcança o seu ápice."

O Papa reconheceu que alguma dúvida pode se insinuar quando uma pessoa querida morre. "O que será de sua vida, de seu trabalho, de seu serviço na Igreja?".

A resposta é dada pelo Livro da Sabedoria, citado na primeira leitura: todos eles "estão nas mãos de Deus", onde "a mão é sinal de colhimento e de proteção", "de uma relação pessoal de respeito e de fidelidade".

Ao falar dos falecidos, destacou que "estes pastores zelosos, que dedicaram a sua vida a serviço de Deus e dos irmãos, estão nas mãos de Deus. Tudo deles está bem guardado e não será corroído pela morte. Seus dias pontilhados de alegrias e de sofrimentos, de esperanças e de fadigas, de fidelidade ao Evangelho e de paixão pela salvação espiritual e material do rebanho a eles confiado, estão nas mãos de Deus."

O Papa afirmou que os cardeais e bispos falecidos foram "homens dedicados à sua vocação e ao serviço à Igreja", que "amaram como se ama uma esposa". Para Deus o que interessa é essa caridade e essa dedicação, não os limites humanos contra os quais se deve lutar para testemunhar ambos.

"Também os pecados, os nossos pecados, estão nas mãos de Deus; naquelas mãos misericordiosas, mãos 'com as chagas' do amor. Não por acaso Jesus quiser conservar as chagas em suas mãos para fazer-nos sentir a sua misericórdia. E essa é a nossa força e a nossa esperança. Essa realidade, repleta de esperança, é a perspectiva da ressurreição final, da vida eterna, à qual são destinados 'os justos', aqueles que acolhem a Palavra de Deus e são dóceis a seu Espírito."

(Com informações da Rádio Vaticano)

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