Aleteia logoAleteia logoAleteia
Terça-feira 28 Março |
Bem-aventurada Joana Maria de Maillé
Aleteia logo
Estilo de vida
separateurCreated with Sketch.

Livro que defende submissão das esposas torna-se best-seller

Man and woman – pt

© Pressmaster/SHUTTERSTOCK

Fr. Thiago Pereira, SCJ - Reparatoris - publicado em 13/11/13

O homem é chamado a servir de uma maneira diferente: deve estar pronto para morrer por sua esposa, como Cristo morreu pela sua Igreja

Precisando de uma ideia para a esmola quaresmal?

Ajude-nos a difundir a fé na internet! Você poderia fazer uma doação para que possamos continuar criando conteúdos gratuitos e edificantes?

Faça aqui uma doação de Quaresma

No ano de 2011 um livro que contém mais de duzentas páginas e com fundamentos profundamente católicos alcançou a categoria de Best-seller na Itália. Agora, o mais intrigante é que a obra vai, justamente, contra a correnteza feminista, que arrasta muitas mulheres em nossa sociedade atual. O nome da obra é: Sposati e sii sottomessa: Pratica estrema per donne senza paura (Valenchi): Casada e submissa: prática extrema para mulheres sem medo.

Segundo Constanza Miriano, autora do livro, a falta de identidade da mulher, isto é, do “ser feminino”, pode gerar diversos problemas matrimoniais. Defende – como Paulo aos Efésios – que o verdadeiro dom da esposa é a submissão por amor. Nisto consiste sua felicidade e a subsistência da família.

Um ensinamento para o casal de esposos

Segundo o comentário do site de notícias espanhol Religión en Libertad, o papel correspondente da mulher “é levar o homem ao encontro de sua virilidade, da sua paternidade e do exercício da autoridade. Este papel do homem, digamos assim, anda um pouco extraviado. Por isso, deparamo-nos várias vezes com homens que vivem desorientados em sua própria casa, que estão pouco preparados para conduzir as situações mais delicadas e salvaguardar o equilíbrio da família”.

Nem o homem nem a mulher são perfeitos. Ambos são criaturas limitadas. Dependem um do outro e, o casal, de Deus. Por isso, a partir de bases católicas e com uma linguagem atual, Miriano ensina ao casal o sentido e a valentia do homem e da mulher que vivem juntos.

Uma entrevista com Miriano

Constanza Miriano, em uma entrevista a Isabel Molina, da Revista Misión (revistamision.com) – que recolhemos aqui – expõe suas motivações e pensamento:

RM: O que inspirou seu livro?

CONSTANZA: Foi a causalidade. Passava muitas horas no telefone, tentando convencer uma amiga a se casar. Quando contei a história da minha amiga a um colega, expliquei que as expectativas da minha amiga sobre o matrimônio eram irreais; em muitos aspectos, era o namorado que tinha a razão. Via que eles podiam ser felizes juntos, mas não decidiam começar a viver essa felicidade por culpa das ideias erradas que hoje temos sobre o amor e o matrimônio. Disse-lhe também que a mulher tem que ser capaz de mediar, de unir, em vez de dividir. Minhas ideias chamaram a atenção dele e entrei em contato com a Editora.

RM: Por que hoje custa esse rol de unir?

CONSTANZA: A mulher lutou tanto pela emancipação que acabou perdendo um pouco de sua identidade profunda, esse “gênio feminino”, como falava Wojtyla na encíclica Mulieris Dignitatem.

RM: Falar de ser “submissas” é muito ousado. Por que escolheu esta palavra?

CONSTANZA: Eu não a escolhi. Tomei-a da carta de São Paulo aos Efésios. Parece uma palavra ofensiva para nós, mulheres de hoje, que não queremos renunciar à lógica do poder. Todavia, a submissão indica outra lógica: a do serviço recíproco, que é o serviço ao qual a mulher é chamada.

RM: Então o homem domina?

CONSTANZA: O homem é chamado a servir de uma maneira diferente: deve estar “pronto para morrer por sua esposa, como Cristo morreu pela sua Igreja”. Seu papel não é mais fácil que o nosso.

RM: O que significa ser submissas?

CONSTANZA: São Paulo nos recorda que nós, mulheres, gostamos de controlar tudo, ter a última palavra, manipular por trás. Ser submissas significa, literalmente, estar por baixo para ser o apoio de todos os membros da família, para acompanhar os mais fracos. É uma qualidade propriamente feminina, apesar do que diz a revolução feminista.

RM: Uma mulher submissa pode ser feliz?

CONSTANZA: É nosso verdadeiro talento. Podemos trabalhar e ter muito êxito, mas o que sabemos fazer de melhor, e o que responde aos desejos mais profundos do nosso coração, é essa capacidade de servir e unir as pessoas. O amor da mulher é mais altruísta e leva o homem a “sair” de si, enquanto que a mulher recebe (a relação física é uma representação do espiritual). Os homens e as mulheres precisam recuperar esses talentos específicos, pois se complementam mutuamente.

RM: O que é uma “boa esposa”?

CONSTANZA: Uma boa esposa é aquela que sabe acolher com doçura e paciência. Olha o seu marido do ponto de vista positivo e aceita como algo bom aquilo que vem dele. Diante do confronto: controla suas emoções e espera. E, nunca, jamais, contradiz o pai na frente dos filhos.

RM: É possível aprender a ser assim?

CONSTANZA: Temos um modelo: a Senhora da Medalha Milagrosa, com as mãos e os braços abertos para receber o que chega. E, debaixo de seus pés, a serpente – que é nossa língua – sempre disposta a criticar, a ver o mal, a concentrar-se naquilo que falta.

RM: O que aconselharia a uma jovem para ter um matrimônio mais pleno?

CONSTANZA: Muitas jovens estão decepcionadas porque hoje temos muitas exigências no matrimônio. Antigamente, o matrimônio era um meio para encontrar uma casa; agora queremos ser felizes. Isto é razoável, mas devemos aceitar nossas limitações e as do outro. O amor não é um sentimento, é uma decisão. Aderimos livremente, com toda nossa vontade, a escolher uma pessoa por toda a vida. Haverá momentos difíceis, mas temos que treinar os olhos para descobrir a beleza inimaginável da vida cotidiana. Quem pula de uma história para outra e não tem a coragem de subir montanhas, não pode sequer sonhar com aquilo que é possível.

RM: Qual é o principal desafio que o matrimônio, na atualidade, apresenta?

CONSTANZA: Deus desapareceu do horizonte e sem Deus é impossível pensar em algo que seja para sempre. Antigamente primavam as tradições e as pessoas se mantinham firmes. Hoje, a ideia de ser infiel, de seguir nossos instintos, é o ar que respiramos. Existe uma espécie de conspiração contra a família e só a Igreja se mantém firme nessa batalha cultural por nós.

RM: Que mudança o seu livro tem provocado entre as mulheres italianas?

CONSTANZA: Recebi cartas de mulheres que dizem que as ajudou a mudar sua vida matrimonial. Muitas me agradeceram por que aprenderam a querer o melhor para seus maridos; algumas decidiram casar-se; outras superaram uma crise; e muitas católicas dizem que certas coisas já não se escutam em círculos religiosos, enquanto que minha visão, a de São Paulo, é a que responde aos desejos profundos de seus corações.

RM: Está preparando outro livro?

CONSTANZA: Sim, estou analisando a seguinte frase de São Paulo aos Efésios: “Maridos, estejais dispostos a morrer por vossas esposas…”. Se a mulher tende a controlar tudo, o homem tende ao egoísmo. Por isso seu chamado é o do heroísmo. O próximo livro é para eles.

(Reparatoris)

Tags:
CasamentoFamíliaMulher
Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Oração do dia
Festividade do dia





Envie suas intenções de oração à nossa rede de mosteiros


Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia