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Da “Evangelii nuntiandi” à “Evangelii gaudium”

Dalla Evangelii nuntiandi alla Evangelii gaudium – pt

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Aleteia Vaticano - publicado em 26/11/13

Bergoglio prossegue em seu ensinamento sobre “a doce e confortante alegria de evangelizar”

Se a primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco, “Evangelii gaudium”, fosse um documento pós-sinodal clássico, seguindo a tradição, deveria se centrar especificamente no tema do Sínodo de 2012, dedicado à nova evangelização pela transmissão da fé cristã. Afirmou-se, no entanto, que não é correto o uso da expressão “pós-sinodal”.

A Sala de Imprensa da Santa Sé, ao anunciar a conferência de imprensa para a apresentação do documento, ao invés de usar a nomenclatura sinodal (“nova evangelização para a transmissão da fé cristã”), usou outra muito mais ampla e aberta: “o anúncio do Evangelho no mundo atual”. Obviamente não são conceitos contraditórios e antagônicos, mas são diferentes do ponto de vista da elaboração, das perspectivas às quais se abrem as reflexões e do ponto de partida do texto.

O documento do Papa Francisco tem uma estrutura que se baseia em 4 movimentos: anúncio, Evangelho, mundo, situação atual. Todos são argumentos mais que suficientes para dar consistência e vida a uma “quase encíclica”, como afirmaram alguns especialistas que já puderam folhear o documento.

A expectativa é de que as 58 propostas conclusivas do Sínodo de 2012 venham com uma “leitura bergogliana”, onde se destacam palavras recorrentes de suas homilias em Buenos Aires, como audácia, zelo apostólico e motivação interior. Em sua famosa intervenção em uma das Congregações gerais do pré-conclave, o então cardeal Bergoglio falou da “doce e consoladora alegria de evangelizar”.

As reflexões de Bergoglio ressoam com frequência conteúdos de outra Exortação apostólica dedicada à Evangelização: “Evangelii nuntiandi”, de Paulo VI. Publicado há 38 anos, este documento fundamental do Papa Montini abre com estas palavras:

“O empenho em anunciar o Evangelho aos homens do nosso tempo, animados pela esperança mas ao mesmo tempo torturados muitas vezes pelo medo e pela angústia, é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade dos cristãos, bem como a toda a humanidade. É por isso que a tarefa de confirmar os irmãos, que nós recebemos do Senhor com o múnus de sucessor de Pedro e que constitui para nós ‘cada dia um cuidado solícito’, um programa de vida e de atividade e um empenho fundamental do nosso pontificado, tal tarefa afigura-se-nos ainda mais nobre e necessária quando se trata de reconfortar os nossos irmãos na missão de evangelizadores, a fim de que, nestes tempos de incerteza e de desorientação, eles a desempenhem cada vez com mais amor, zelo e alegria.”

Já a Exortação apostólica do Papa Francisco, “Evangelii gaudium”, abre assim:

“A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de os convidar para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos.”

(Com Il Sismografo)

Tags:
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