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Papa pede que rezemos com confiança e até incomodar a Deus

Pape François – Sainte Marthe 16 sept 2013 – pt

© OSSERVATORE ROMANO / AFP

Vatican News - publicado em 06/12/13

Rezar é sentir que Jesus nos dirige a pergunta que fez aos cegos que lhe pediam a cura: vocês acreditam que eu posso fazer isso?

O Papa Francisco pediu hoje que os fiéis rezem com insistência e com a segurança de que Deus escutará a oração.

Na homilia da Missa desta manhã na Casa Santa Marta, o Papa explicou que a oração, quando é verdadeiramente cristã, traz uma necessidade e a certeza de ser atendida, ainda que não se saiba com exatidão quando.

Isso porque quem reza não tem medo de incomodar a Deus e sente uma confiança cega em seu amor de Pai. Confiança cega como a dos dois cegos da passagem do Evangelho de hoje, que gritam para Jesus sua necessidade de ser curados. Ou como o cego de Jericó, que invoca a intervenção do Mestre com uma voz mais alta do que a daqueles que querem silenciá-lo. Porque o próprio Jesus – afirmou o Papa Francisco – nos ensinou a rezar como o “amigo inoportuno” que mendiga o alimento à meia-noite, ou como “a viúva perante o juiz injusto”.

“Não sei se talvez isso soe mal, mas rezar é um pouco incomodar a Deus, para que nos escute. Mas, disse o Senhor: como o amigo à meia-noite, como a viúva perante o juiz… É atrair os olhos, atrair o coração de Deus até nós… E isso também disseram os leprosos que dele se aproximaram: “Se queres, podes nos curar”. Fizeram isso com uma certa segurança. Assim Jesus nos ensinou a rezar”, disse o Papa.

“Quando rezamos, às vezes pensamos: ‘sim, eu peço por esta necessidade, digo ao Senhor uma, duas, três vezes, mas não com tanta força. Depois me canso de pedir e esqueço”. Esses gritavam e não se cansavam de gritar. Jesus nos diz: ‘pedi!’, mas também nos diz: ‘batei à porta!’, e quem bate à porta faz barulho, incomoda, gera cansaço”. 

Portanto, insistência até chegar ao cansaço. Mas também uma certeza indestrutível. Os cegos do Evangelho são de novo o exemplo. “Sentem-se – afirma Francisco – seguros de pedir ao Senhor a saúde”, porque, quando Jesus lhes pergunta se acreditam que podem ser curados, eles respondem: “sim, Senhor, acreditamos! Estamos seguros!”.

“A oração tem essas duas atitudes: é necessitada e está segura. A oração, quando pedimos algo, é necessitada: ‘preciso disso, escuta-me, Senhor’. Mas também, quando é verdadeira, está segura: ‘escuta-me!’ Eu acredito que podes fazer porque me prometeu’”.

“Ele prometeu!”: esta é a pedra angular sobre a qual se apoia a certeza de uma oração. “Com esta segurança – enfatizou o Papa Francisco – dizemos ao Senhor nossas necessidades, mas seguros de que posso fazer isso”. Rezar é sentir que Jesus nos dirige a pergunta que fez aos cegos: “você acredita que eu posso fazer isso?”

“Ele pode fazer. Quando fará e como, não sabemos. Esta é a segurança da oração. A necessidade de dizer com verdade, ao Senhor. ‘Sou cego, Senhor. Tenho esta necessidade. Tenho esta enfermidade. Tenho este pecado. Tenho esta dor…’. Mas dizer sempre a verdade. E Ele escuta a necessidade, mas escuta que pedimos sua intervenção com segurança. Pensemos se nossa oração é necessitada e está segura: necessitada porque dizemos a verdade a nós mesmos, e segura porque acreditamos que o Senhor pode fazer o que lhe pedimos”.

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HomiliasOraçãoPapa Francisco
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