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Deus me ama? A mim?

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Carlos Padilla Esteban - publicado em 13/01/14
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Somente quando temos a certeza de um amor em nossa vida, podemos sonhar alto e aspirar às alturasHoje, podemos nos colocar no lugar de Jesus. E deveríamos fazer isso muitas vezes em nossa vida. Colocar-nos no seu lugar, como Ele se colocou o nosso. Pensar no que Ele faria se estivesse no meu lugar, o que Ele sentiria.
 
Acabamos de celebrar o Batismo de Jesus, no qual Deus fala a cada um de nós. Para ouvi-lo, precisamos ser como Jesus, humildes, colocando-nos na fila, sem querer nos destacar nem ser os únicos, os importantes. Simplesmente cumprir a nossa missão. Isso abre o coração.
 
Deus, a cada dia, nos diz a mesma coisa que disse a Jesus:
 
“Eu amo você. Você é meu filho. Estou com você o tempo todo. Não afasto meus olhos de você. De longe, enquanto você se aproximava, eu já o via chegar com emoção. Você é meu predileto. Amo você como você é.
 
Eu o criei com todo o meu amor e coloquei na sua alma os melhores dons. Escolhi seu físico e seu temperamento – esse do qual você tanto reclama. Esculpi sua alma para que você seja feliz, para que possa amar e ser amado. Para que seja santo. Para que saiba aproveitar esta vida.
 
Alegro-me com cada passo seu. Não há ninguém como você. Porque você é único. Você não é um a mais, é você. E eu repito o seu nome com amor infinito todos os dias. Você é meus filho mais amado, e eu sou o seu Pai.
 
Em mim você sempre tem um lar, o melhor lugar à mesa. Eu o escolhi, enamorei-me da sua pequenez, da sua forma de ser. Confio em você, em quem coloquei toda a minha predileção.”
 
É difícil acreditar neste amor pessoal, único. Mas, na verdade, este é o mistério da nossa vida. Seu amor sem condições. Às vezes mendigamos amor de qualquer maneira porque não temos esta rocha do amor de Deus, que nos dá paz.
 
Em toda predileção, há uma missão implícita. Isaías nos fala daquele que é preferido, predileto, e por isso tem uma missão:" Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião. Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a verdadeira religião; não desanimará, nem desfalecerá, até que tenha estabelecido a verdadeira religião sobre a terra, e até que as ilhas desejem seus ensinamentos. Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a luz das nações; para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e da prisão aqueles que vivem nas trevas" (Isaías 42, 1-4. 6-7).
 
Quando experimentamos o amor na nossa vida, nós nos tornamos mais capacitados para a missão. E esta missão é imensa, supera nossas capacidades. Mas não é por isso que podemos os conformar com uma vida medíocre.
 
Papa Francisco nos recorda o essencial: "Eis a pergunta que nos devemos fazer: temos também nós grandes visões e estímulos? Somos também nós audazes? O nosso sonho voa alto? O zelo devora-nos? Ou somos medíocres e satisfazemo-nos com as nossas programações apostólicas de laboratório? Recordemo-nos sempre disto: a força da Igreja não habita em si mesma nem na sua capacidade organizativa, mas esconde-se nas águas profundas de Deus. E estas águas agitam os nossos desejos e os desejos alargam o coração".
 
Há pessoas que nos aproximam de Deus; outras vezes, é a dor que nos mostra o rosto do Senhor; ou uma alegria, um medo, um sonho, uma missão. Mas uma coisa é certa: temos de viver isso profundamente. Este é o segredo para poder encontrar Deus por trás do que estamos vivendo: viver com intensidade o que os corresponde, ser generosos aí onde Deus nos colocou.

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