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Os pais já não são mais necessários?

papa no hace falta – pt

© Claire POIROUX/CIRIC

Alvaro Real - publicado em 15/01/14

Valores paternos como a firmeza e a autoridade entram em conflito com a ideologia de gênero

A sociedade já não valoriza mais a função do pai. A figura paterna já não é levada em consideração, sua autoridade foi ridicularizada. As mulheres prescindem dos homens de forma manifesta, e isso leva os filhos a perderem o respeito pelos seus pais, explica Maria Calvo, autora do livro “Pais destronados: a importância da paternidade”, lançado recentemente pela Editora Toromítico.

Para a autora, existe atualmente a ideia de que, na educação dos filhos, o pai é um estorvo. É por isso que ela defende a figura paterna como parte essencial da educação das crianças.

Maria Calvo dedica seu livro à ideia de que o empenho de determinados setores em conseguir a emancipação da mulher provocou um efeito prejudicial com relação à figura do pai. Ela mostra que os progenitores homens sofrem um “inevitável desterro”, já que os valores que eles defendem, como a firmeza, a competência e a autoridade, vão contra os paradigmas da ideologia de gênero.

Hoje, existe a ideia, amplamente estendida, de que o pai é dispensável na educação dos filhos, de que pode chegar a ser um estorvo, afirma Maria Calvo, que defende o código masculino como um elemento crucial para o crescimento das crianças – apesar de o sistema educativo atual exaltar exclusivamente a sensibilidade típica do código materno.

“Os pais desconfiam do seu instinto masculino e renunciam ao exercício efetivo da paternidade”, explica a autora, afirmando que isso pode levar à falta de respeito pelos pais e o distanciamento da função paterna no futuro.

Maria Calvo recorda que há toda uma geração de pais que não sabem muito bem como desenvolver-se em um mundo que “os obriga a esconder sua masculinidade e não lhes permite desfrutar da paternidade em plenitude”.

Em seu livro, são explicadas as funções essenciais que um pai pode exercer e que evitam sua “abdicação paterna”. Entre elas, “a de libertar os filhos da possessão obsessiva da mãe, capaz de devorar seus filhos por amor, um fato que pode levá-los a crescer sem identidade própria”.

Outras funções são: formar no autocontrole e na empatia; ensinar os filhos a enfrentar a realidade, afastando-os do protecionismo da mãe; e ser intermediário entre o lar e o mundo, agindo como propulsor da emancipação dos filhos.

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