O que se segue é um apanhado de histórias que bombaram e que jogaram luz sobre alguns aspectos da história do Papa Francisco
Embora as conversas sobre as finais da liga de futebol americano foram o assunto predominante nos EUA no último fim de semana, tivemos um outro momento bastante ocupado com histórias envolvendo o atual papa, fato que vem sendo comum durante este papado cujo líder máximo não tem um botão de “desligar”. O que se segue é um apanhado de histórias que bombaram e que jogaram luz sobre alguns aspectos da história do Papa Francisco.
Bergoglio nasceu em uma família de imigrantes italianos na Argentina e agora está retornando o favor como bispo de Roma. Isso pode ajudar na explicação da paixão especial que ele tem por imigrantes, que está entre as características de seu papado e que ficou em evidência novamente no domingo, durante a visita feita à paróquia romana de Sacro Cuore di Gesù a Castro Pretorio.
A paróquia administrada pelos salesianos, localizada próximo da principal estação de trem de Roma (a Estação Termini), é conhecida pelo seu trabalho junto aos desabrigados e à população de imigrantes.
Durante sua visita paroquial, Francisco fez questão de se encontrar com um grupo de 60 desabrigados e com cerca de 100 jovens imigrantes, além de voluntários da paróquia que com eles trabalham.
Durante o discurso de Ângelus, na manhã de domingo, o Papa Francisco falou aos imigrantes que “vocês estão próximos do coração da Igreja” e disse que ele muitas vezes pensa nas dificuldades que muitos deles são forçados a suportar.
Empregando uma linguagem dura, o papa citou o beato Giovanni Battista Scalabrini, bispo italiano do século XIX, fundador de uma ordem religiosa especializada no trabalho com os imigrantes e refugiados. Na ocasião, condenou os “mercadores de carne humana” que traficam migrantes.
O papa também pediu aos países ricos para “acolherem” os imigrantes e para “preservarem seus valores”.
O dia 19 de janeiro é considerado pela Igreja Católica como o Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados. Numa mensagem para a ocasião, divulgada em agosto do ano passado, o pontífice insistiu que os imigrantes não são “peões no tabuleiro da humanidade”.
Esta foi a quarta visita do papa a uma paróquia romana desde sua eleição. Tal como tem feito em outras ocasiões, ele não teve texto preparado para sua homilia, que se focou na leitura do evangelho de João Batista, dizendo de Jesus: “Eis o cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo”.
Entre outras coisas, o primeiro papa jesuíta convidou seus ouvintes a se juntarem numa miniversão dos famosos Exercícios Espirituais inacianos, fechando os olhos e se imaginando na cena do Evangelho, dizendo algo a Jesus no silêncio de seus corações.