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As três lições de Bento XVI

Benedict XVI’s personal secretary debunks ‘mystical experience’ – pt

©ALESSIA GIULIANI/CPP

Jesús Colina - Il Sismografo - publicado em 12/02/14

O papado de Francisco deve muito à renúncia profética de Ratzinger

No início de fevereiro do ano passado, ninguém podia imaginar. As notícias sobre o Papa se concentravam no “Vatileaks”, um episódio que fez Bento XVI “sofrer injustamente e, com ele, muitas pessoas”, segundo explicou alguns dias atrás o cardeal Pietro Parolin.

Doze meses depois, o Papa Francisco foi eleito o personagem do ano pela revista Time, e o Facebook reconheceu que ele foi o trending topic do ano. Inclusive na Rússia, o nível de consenso sobre este Papa supera 71%, algo sem precedentes na história.

Mas como isso foi possível? A resposta está na renúncia profética de Bento XVI. Aqui estão as três lições que o Papa emérito deixa para a Igreja:

Primeira lição: uma Igreja humilde

A mansidão do gesto de renúncia de Bento XVI mostrou como a credibilidade da Igreja não procede do poder ou da influência política ou econômica. A credibilidade da Igreja depende de seu apego à verdade. E, como dizia Santa Teresa de Jesus, a humildade é a verdade. O mundo rendeu-se perante o gesto de humildade, baseado na verdade.

Segunda lição: uma Igreja que arrisca

Em segundo lugar, Bento XVI mostrou de maneira evidente o que já disse o Papa Francisco: “prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja fechada e doente”. O primeiro gesto de renúncia de um papa em uma época moderna estava cheio de questionamentos e perigos. Se fosse submetido a uma consulta de cardeais, seguramente a maioria teria desaconselhado. Os fatos demonstram, um ano depois, a grandeza dessa frase de Bergoglio, que Bento XVI viveu na própria pele.

Terceira lição: uma Igreja com fé

Se alguém tivesse previsto no início do ano passado o que estaria por vir, seria considerado louco. Com sua renúncia, Bento XVI mostrou que quem governa a barca de Pedro não é um homem com nome e sobrenome. Quando a Igreja vive a fé até o fim, experimenta uma força regeneradora inusitada: é a força de Jesus de Nazaré, Deus feito homem para aquele que crê.

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