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Médicos arrependidos: “Estamos abusando da fecundação assistida”

High tech lab equipment used in the in vitro fertilization process – pt

© Michael Zysman

Aleteia Vaticano - publicado em 12/02/14

A amarga confissão de especialistas evidencia a situação crítica da fecundação artificial

A inseminação artificial traz mais problemas que benefícios: esta é a constatação que surge de diversas pesquisas científicas, a última delas publicada no "British Medial Journal", uma das mais notáveis revistas científicas de medicina do mundo.

Os custos superam os benefícios

De 1978 até hoje, calcula-se cerca de 5 milhões de crianças nascidas no mundo com a fecundação assistida. Mas, nos últimos anos, 30% das perguntas sobre fecundação, apresentadas e aceitas, chegam de pessoas com problemas de "infertilidade inexplicável", e a maior parte desses casais concebia naturalmente "antes de iniciar os ciclos". Por isso, os autores da pesquisa se perguntam se, em certos casos, os custos econômicos e psicológicos do tratamento não superam os benefícios, e se a fecundação não estará sendo feita sem necessidade.

Com fins lucrativos

Esta falta de vontade depende de um fator preciso: "A fecundação se desenvolveu em muitos lugares do mundo como uma indústria que gera lucro (…), que não se preocupa por fazer análises a longo prazo sobre a saúde das mães e das crianças. Isso é verdade não somente para as clínicas privadas, mas também para as instituições acadêmicas, que obtiveram grandes lucros".

Mais crianças doentes

A pesquisa continua afirmando que "as crianças saudáveis concebidas graças à fecundação assistida têm mais probabilidade (com relação às crianças concebidas naturalmente) de sofrer de pressão alta, obesidade, níveis de glicose anormais e disfunções vasculares". A falta de vontade para enfrentar estes problemas, segundo os estudiosos, está impedindo o progresso da fecundação.

Complicações no parto

E na hora do nascimento? Quando se opta por uma escolha similar, existe um grande risco de graves complicações, o dobro com relação à concepção normal. Entre elas, existe o parto prematuro, o baixo peso do bebê e o que é pior, o feto morto ou a morte neonatal. Uma afirmação similar chega de outra pesquisa, proveniente de cientistas da "University's Robinson Institute", que observaram os resultados de mais 300 mil nascimentos na Austrália do Sul, por um período de cerca de 16 anos. Entre eles, mais de 4.300 eram fruto de uma fecundação assistida.

Riscos de tumor

Inclusive na fase de crescimento da criança, a fecundação assistida apresenta grandes riscos. A prática, de fato, está associada a um risco maior de câncer nestas crianças, graças às várias técnicas utilizadas para estimular a gravidez. Esta informação é confirmada por uma ampla e sistemática revisão feita pelos pesquisadores do "Danish Cancer Society Research Center" de Copenaghen, dirigidos por Maria Hargreave.

A análise examinou 25 estudos, publicando o balanço sobre fertilidade e esterilidade. Os dados demonstram que as crianças nascidas depois de um tratamento de fecundação assistida têm 33% a mais de risco de desenvolver um tumor pediátrico, com golpes evidentes pelos tumores hematológicos (59% a mais) e do sistema nervoso (88% a mais).

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