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Um casal trabalhando no departamento da família do Vaticano?

cardenal maradiaga – pt

© ORLANDO SIERRA / AFP

Inma Alvarez - publicado em 19/02/14

Conheça alguns detalhes da reforma que o Papa Francisco está fazendo na Igreja

Um casal à frente do Conselho Pontifício para a Família? Isso seria um gesto magnífico, segundo o cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga, um dos membros do conselho de cardeais formado pelo Papa Francisco ("Não é o G-8, mas o C-8, pelo 'C' de cardeais!", brinca o purpurado, em uma entrevista concedida ao jornal francês La Croix).

Ele também fala da transformação do Conselho Pontifício para os Leigos em toda uma congregação com poder legislativo (algo que um conselho pontifício não tem): "Existe uma congregação para os bispos, outra para a vida religiosa, outra para o clero, mas somente um conselho pontifício para os leigos, que são maioria na Igreja. Não podemos continuar assim".

"Posso lhes dizer que o Espírito Santo nos conduz nessa direção – afirma o cardeal. Cada dia, cada vez mais, os leigos assumem responsabilidades como dirigentes na Igreja. Isso já está escrito na história de muitos lugares, como na Coreia, por exemplo: lá, foram os leigos que começaram a evangelização."

O purpurado explica as pautas que o conselho está seguindo quanto à reforma da cúria romana: "O Papa Francisco quis que começássemos pelo Sínodo dos Bispos. Ele quer que seja algo diferente de um órgão que se reúne para discutir um tema concreto e depois publica um texto: quer torná-lo uma instituição consultiva permanente".

O seguinte passo foi a revisão da figura do secretário de Estado, que "não é um primeiro-ministro nem um vice-rei", sublinhou. De dezembro até agora, a reflexão se centra nas congregações e conselhos pontifícios.

E o que acontece com as instituições financeiras – concretamente com o IOR (Instituto para as Obras de Religião), conhecido popularmente como "Banco do Vaticano"?

Precisamente neste dias, o Conselho está ouvindo as duas comissões de estudo: "Haverá mudanças", revela o cardeal Maradiaga, mas é improvável que esta instituição desapareça para que surja outra nova. "É melhor curar um doente que ressuscitar um morto", disse. Para ele, a solução poderia estar em uma espécie de "secretariado das finanças", que agrupasse todas as instituições atuais.

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