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Fim da trégua na Ucrânia: muitos feridos e mais de 30 mortos

Keiv Ucrania

© Associated Press

Clarissa Oliveira - publicado em 20/02/14

Após a trégua da última quarta-feira, a Ucrânia retoma os conflitos, que aumentam a violência e número de mortes

Mais de 30 mortes e muitos feridos na cidade de Kiev (Ucrânia), devido aos conflitos desta semana, que tiveram trégua na última quarta-feira (19), a pedido do presidente Viktor Ianukovich, que buscava “parar com o banho de sangue e solucionar a situação”.

Durante a trégua dos conflitos, o Papa Francisco fez um apelo à Ucrânia, na catequese desta semana: “Com o ânimo preocupado, acompanho o que está acontecendo nesses dias em Kiev. Garanto a minha proximidade ao povo ucraniano e rezo pelas vítimas da violência, por seus familiares e pelos feridos. Convido todas as partes a cessar toda ação violenta e a buscar a concórdia e a paz do país”.

A praça principal de Kiev retoma o visual de um campo de batalha, onde a multidão de manifestantes antigovernamentais aprisionou 50 policiais.

Segundo a agência Interfax, o palácio do governo foi evacuado. Deputados e demais funcionários do parlamento abandonaram o edifício por questões de segurança.

Hoje, chegam a Kiev os ministros da França, Alemanha e Polônia para uma reunião com o presidente ucraniano e alguns chefes da oposição. Enquanto isso, o exército se prepara para uma “operação antiterrorismo”.

Os principais eventos que levaram aos conflitos foram:

21 de novembro – Os manifestantes foram às ruas após o governo anunciar que abandonaria o acordo que fortalecia os laços com a União Europeia e facilitava a cooperação com Moscou.   

30 de novembro – A polícia atacou brutalmente um grupo de manifestantes, detendo 35 deles.

1º de dezembro – Um dos protestos atraiu cerca de 300 mil pessoas e foi o maior desde a “Revolução Laranja” de 2004. Ativistas tomaram a Kiev City Hall.

17 de dezembro – O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que Moscou compraria 15 bilhões de dólares em bônus do governo ucraniano e diminuiria o preço da aquisição de gás natural russo.

22 de janeiro – Dois protestantes morreram após serem atingidos por munição verdadeira.

28 de janeiro – O primeiro-ministro se demitiu e o parlamento revogou as novas leis antiprotestos – concessões à oposição que visavam a resolver a crise.

16 de fevereiro – Ativistas da oposição encerraram sua ocupação na Kiev City Hall em troca de 234 manifestantes presos, o que foi considerado um progresso para resolver as crises de forma pacífica.

18 de fevereiro – Conflitos de rua deixaram pelo menos 26 pessoas mortas, incluindo 10 policiais. A violência começou quando os manifestantes atacaram policiais e atearam fogo do lado de fora do parlamento, após terem “empurrado” uma reforma constitucional que limitava o poder presidencial.

19 de fevereiro – Horas após o anúncio da trégua, houve confrontos violentos entre manifestantes e policiais, com inúmeras vítimas.

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