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Nigéria: crueldade e compaixão

Boko Haram Islamists killed 39 people in Nigeria – pt

AFP PHOTO/STRINGER

NIGERIA, Konduga : People stand next to dead bodies, which are laid out for burial, in the village of Konduga, in northeastern Nigeria, on February 12, 2014 after a gruesome attack by Boko Haram Islamists killed 39 people. &quot;Up to 39 people have been killed and over 70 percent of the village has been razed to the ground,&quot; Borno state Governor Kashim Shettima told reporters in the village of Konduga, blaming the February 11, 2014 late attack on the Islamist rebels.<br /> AFP PHOTO/STRINGER

Fundação AIS - publicado em 06/03/14

Um homem (cadeirante) do norte da Nigéria falou de seu horror quando foi forçado a assistir extremistas realizando uma série de atrocidades

Os funcionários e alunos do Seminário Menor de São José fugiram para salvar suas vidas e se esconderam em uma floresta próxima quando supostos militantes do Boko Haram invadiram a aldeia de Shuwa com um tanque blindado, lançadores de foguetes, armas de alto calibre e mais de uma dezena de jipes.

Entre aqueles que não conseguiram escapar estava Andrew (nome completo não divulgado por razões de segurança) que, depois de ser descoberto pelos militantes, foi colocado novamente em sua cadeira de rodas e levado para fora do prédio, onde foi forçado a assistir sua casa pegar fogo e outras atrocidades realizadas na sua presença.

A capela, a casa dos padres, salas de aula e alojamentos foram todos atacados com explosivos de alta potência. Houve ainda outro ataque em uma clínica próxima dirigida por Irmãs Agostinianas que fugiram a tempo.

O momento mais traumático de todos para Andrew foi testemunhar o assassinato de quatro seguranças que trabalhavam no seminário.

A história de Andrew foi contada através de um amigo pessoal, o padre John Bakeni, que descreveu à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) como se deram os fatos realizados na quarta-feira passada (26 de fevereiro): "Depois que os homens da segurança tinham sido baleados, os militantes disseram que Andrew seria o próximo. No entanto, o comandante da milícia consultou um líder espiritual do grupo e poupou Andrew por ser aleijado."

Pe. Bakeni informou que os extremistas "interrogaram" Andrew sobre sua fé cristã e acrescentaram que sua religião lhe tinha posto em risco direto de ser morto.

O sacerdote, que é da diocese de Maiduguri, onde Shuwa está localizada, acrescentou: "O Boko Haram já deixou bem claro em seus vídeo que sua luta é contra o governo e os cristãos."

Pe. Bakeni disse: "É claro que Andrew ficou muito assustado com o que aconteceu, mas ele tem mostrado uma força enorme depois de tudo isso. Agora, o que mais precisamos são orações. O ciclo de violência que estamos vivendo mostra sinais de que cada vez tende a piorar."

Ele elogiou o raciocínio rápido das irmãs, bem como dos funcionários e dos estudantes do Seminario São José que fugiram rapidamente: "Eles tinham a frente uma fuga muito arriscada."

O ataque ao seminário faz parte de uma onda de violência onde cerca de 40 pessoas morreram em três diferentes incidentes nesta região do nordeste da Nigéria. Em um outro ataque, 43 pessoas, a maioria deles estudantes, foram mortos enquanto dormiam em um colégio interno no estado de Yobe.

Funcionários diocesanos confirmaram que mais 22 morreram enquanto estavam na missa, na manhã de domingo, 26 de janeiro, quando supostos militantes armados com pistolas e explosivos abriram fogo contra fiéis na Igreja Católica de São Paulo em Waga Chakawa, Madagali.

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