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Patriarca de Lisboa: cardeal Policarpo, “altíssima figura”

D. José Policarpo

RTPPT - Flickr CC

D. José Policarpo

Agência Ecclesia - publicado em 14/03/14

D. Manuel Clemente a Missa exequial de D. José Policarpo, na Sé de Lisboa, com a presença de autoridades

O patriarca de Lisboa disse hoje na Sé da capital portuguesa que o falecido cardeal D. José Policarpo foi uma “altíssima figura” que marcou a relação entre Igreja Católica e sociedade, nas últimas décadas.

“Não seríamos como somos, um evidente caso de colaboração positiva Igreja-Estado, cada qual no seu campo e em benefício comum da sociedade que integramos, crentes e não-crentes, sem a marca forte da sua magnífica personalidade, do seu certeiro magistério e da grandeza do seu coração”, afirmou D. Manuel Clemente na homilia da Missa exequial, a que presidiu.

O responsável destacou o patriarca emérito como uma “constante referência” de “inteligência, serenidade, prudência ativa”.

Para D. Manuel Clemente, o seu predecessor representou para muitos uma “alta síntese de lucidez e bondade”, a “caraterização maior” do que o cardeal representou na Igreja e na sociedade em Portugal.

D. José Policarpo, patriarca de Lisboa entre 1998 e 2013, faleceu na quarta-feira aos 78 anos, na sequência de problemas cardíacos.

D. Manuel Clemente passou em revista as “décadas de convívio próximo e colaboração pastoral direta e” com o falecido patriarca emérito, na diocese e na Conferência Episcopal Portuguesa.

O atual patriarca de Lisboa recordou o encontro com o então padre Policarpo, na altura professor e vice-reitor do Seminário Liceal de Penafirme (1963-1968)

“Para mim e outros jovens de então cedo representou a imagem de um padre jovem e convincente, como continuou a ser”, e uma “bússola de norte firme”, relatou.

Os dois reencontraram-se no Seminário dos Olivais, onde D. José Policarpo foi reitor de 1970 até junho de 1997.

Segundo D. Manuel Clemente, o falecido cardeal promoveu um “discernimento maior” do que deveriam ser a Igreja e a sociedade, “à luz do Evangelho de sempre em tempos que pediam diferenças”.

“Certamente, não seríamos o que somos sem ele”, asseverou.

O funeral do cardeal contou com a presença de dezenas de padres e da quase totalidade dos bispos portugueses, bem como do núncio (embaixador da Santa Sé) D. Rino Passigato, que leu a mensagem de condolências do Papa.

O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e outros responsáveis políticos e da sociedade civil participam na celebração.

D. José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do Distrito de Leiria e do Patriarcado de Lisboa.

Padre desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 (auxiliar de Lisboa) e criado cardeal por João Paulo II em 2001.

D. José IV, 16.º patriarca de Lisboa, assumiu esta missão a 24 de março de 1998, após a morte de D. António Ribeiro, de quem era coadjutor desde março de 1997, sendo substituído por D. Manuel Clemente em maio de 2013.

O cardeal vai ser sepultado no Panteão dos Patriarcas, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, um monumento nacional que alberga desde 1998 os serviços diocesanos.

Leia a cobertura completa sobre a trajetória do cardeal Policarpo na Agência Ecclesia.

(Agência Ecclesia)

Tags:
CardeaisMortePortugal
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