Você sabia que a Bíblia é mais lida na Igreja Católica, do que em qualquer igreja protestante?
A afirmação acima parece ser de uma incrível incoerência, não é? Todos nós sabemos, ainda que leigos, que um dos princípios adotados pelos protestantes após o cisma é o do "Sola Scriptura". Este princípio determina que somente as Escrituras Sagradas servem de referência doutrinaria e liturgica para as igrejas protestantes. Lançando mão da Tradição e do Magistério.
Outro detalhe é que poucos católicos tem o hábito de levar uma Bíblia à Missa, enquanto um protestante está sempre munido de uma Bíblia.
Como explicar então que a Bíblia é mais lida na Missa do que nos cultos evangélicos?
As leituras que ouvimos na Missa são programadas com antecedência para um ciclo trienial em um livro chamado Lecionário. Os católicos que participam com frequência da Missa, ouvem, ao longo de três anos, a leitura de quase toda a Bíblia.
O momento que define a liturgia da Palavra é, claro, a proclamação da Palavra de Deus. Aos domingos, em geral isso inclui uma leitura do Antigo Testamento, uma leitura ou entonação dos Salmos, e uma leitura de umas das epístolas do Novo Testamento, tudo como preparação para a Proclamação do Evangelho.
Na Vigília Pascal, podemos ter até dez leituras da Bíblia ao longo da Missa.
Sem falar que várias citações da Bíblia estão inseridas em todas as outras orações e na Eucaristia. Nunca deixe alguém acusá-lo de não ser um cristão bíblico.
[A base para este texto está no capítulo quatro do livro "O Banquete do Cordeiro", de Scoth Hahn]
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