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Paquistão: sentença de morte de um casal cristão por torpedos blasfemos

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© NARINDER NANU / AFP

Agência Fides - publicado em 08/04/14

Um casal cristão, ele portador de deficiêcia, ela empregada, ambos analfabetos, foram condenados à morte em 4 de abril por suposta “blasfêmia através de torpedo”

Novas sentenças de morte por blasfêmia e novas batalhas judiciais afetam a comunidade cristã no Paquistão: um casal cristão, ele portador de deficiêcia, ela empregada, ambos analfabetos, foram condenados à morte em 4 de abril por suposta “blasfêmia através de torpedo”. Os dois foram presos em Gojra em julho de 2013 . A sentença – que vem depois daquela dos dias precedentes de Sawan Masih – gerou confusão e amargura na comunidade cristã, enquanto os advogados já anunciaram que vão recorrer contra a sentença.

Pe. Aloysius Roy, superior da província paquistanesa dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada (OMI) , disse à Fides: "Estamos seriamente preocupados. Casos como estes são comuns e causam grande sofrimento. Continuamos a rezar, enquanto a questão permanece sem solução. Manifestamos solidariedade aos acusados, mas os cristãos mantêm um perfil baixo, porque a vida é cheia de dificuldades e perigos, e para nós o primeiro mandamento é sobreviver. Os cristãos têm medo e se movem com extrema cautela".

Os OMI cuidam no Paquistão de 10 paróquias em 4 dioceses , e "os desafios que enfrentamos são sobretudo as injustiças que constatamos a cada dia contra os fiéis cristãos". O superior continua: "Esperamos do Governo o respeito pela lei, pelo Estado de direito e pela liberdade de culto, prevista na Constituição".

Como confirma Farrukh Saif, responsável pela ONG "World Vision in Progress" , o casal cristão, Shafqat Emmanuel, deficiente, e sua esposa, Shagufta Kausar, foram condenados à morte em 4 de abril por um tribunal de Toba Tek Singh, acusados de blasfêmia: a acusação é o envio de mensagens de texto blasfemos.

Os dois têm quatro filhos menores, que agora estão sob a custódia de da Ong WVIP. As provas da inocência dos dois são de fato muito claras: o chipe de onde saíram as mensagens não é registrado no nome das vítimas. E não há nenhuma prova de que foram eles a enviar as mensagens. Além disso, os dois sendo analfabetos, não são capazes de enviar mensagens em inglês, como eram os torpedos blasfemos. Os advogados já anunciaram o recurso no Supremo Tribunal.

(Fides)

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