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Kirsten Dunst é censurada por não apoiar a teoria do gênero

Kirsten Dunst – pt

© Public Domain

La Nuova Bussola - publicado em 16/04/14

Suas declarações elogiando a mulher que se dedica ao lar lhe renderam inúmeras críticas

Kirsten Dunst, atriz americana de 31 anos, pronunciou algumas "blasfêmias" pelas quais as feministas não pretendem em absoluto perdoá-la. A atriz, que recebeu a Palma de Ouro em Cannes 2011, por "Melancolia", já passou por situações constrangedoras, como, por exemplo, quando o diretor Lars von Trier, sentado ao seu lado na coletiva de imprensa de apresentação do filme, disse "compreender" Adolf Hitler. Kirsten, uma germano-americana, expressou grande incômodo, mas saiu ilesa, pois as culpas dos diretores raramente recaem sobre os atores.

Mas, neste caso, é ela a responsável pelo "problema". Entrevistada pelo Harper’s Bazaar, disse  algumas coisas que podem lhe custar o ostracismo definitivo de Hollywood, onde ela já não é tão bem vista, precisamente por ter opiniões diversas da maioria.

Kirsten provocou a ira da escritora feminista Erin Gloria Ryan, que escreveu em seu blog: "A Kirsten Dunst certamente não é paga para escrever sobre a teoria do gênero, e por isso não é de se estranhar que diga estas bobagens quando fala".

Outra feminista, Stacey Ritzen, também critica as declarações da atriz, com uma frase lapidária: "Segundo ela, as mulheres deveriam estar em seu lugar, em casa". Ariane Sommer, unindo-se às acusações, disse à Fox News que, "atualmente, as pessoas precisam chegar ao fim do mês, e nenhuma mulher pode simplesmente passar o dia inteiro em casa".

Contrariamente aos comentários das feministas, na página de Kirsten Dunst no Facebook, que não costuma ser tão visitada, estão aparecendo muitas mensagens de agradecimento, por parte de cidadãos americanos comuns, famílias, fãs e pessoas que nunca ouviram falar dela, ou que só a viram em "O Homem Aranha", filme no qual interpreta Mary Jane.

Mas afinal, o que Kirstes Dunst disse de tão importante e escandaloso? A atriz, entre outras coisas, é conhecida por suas anteriores posturas progressistas e por ser uma liberal convicta. Mas, em sua última entrevista, disse: "Eu acho que a feminilidade está sendo subestimada".

Sobre o papel da mulher, afirmou que "todas nós precisamos procurar um emprego e ganhar dinheiro, mas estar em casa, criar os filhos, ser mães, cozinhar, são coisas de grande valor que minha mãe fez por mim". Com relação ao papel do casal: "Às vezes, você precisa do seu cavaleiro em sua armadura brilhante. Sinto muito, mas precisamos de um homem por ser homem, e de uma mulher por ser mulher. É assim que as coisas funcionam".

Há algo de errado nisso? Não. São apenas frases ditadas pela experiência e pelo sentimento de uma mulher jovem – e, por isso mesmo, afastadas da teoria do gênero, que é completamente artificial, ao defender que se é homem ou mulher segundo a educação recebida ou segundo a própria decisão.

Como disse indiretamente Erin Gloria Ryan, é preciso ser pagos para acreditar em uma ideologia assim, porque a realidade mostra que Kirsten Dunst tem razão.

(Artigo publicado originalmente por La Nuova Bussola)

Tags:
feminismoMulher
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