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Uma cúria romana mais próxima da igreja local

Card. Pietro Parolin – pt

MASSIMILIANO MIGLIORATO/CPP

<span class="standardtextnolink">Card. Pietro Parolin Vatican secretary of state at the conference for the 40th anniversary of the &#039;Institute Jacques Maritain, at the French Embassy to the Holy See in Rome at the Villa Bonaparte.<a class="standardtext">.</a></span> <span class="standardtextlabel">Signature:</span> <span class="standardtextnolink"><a class="standardtext">&copy;MASSIMILIANO MIGLIORATO/CPP</a></span>

Chiara Santomiero - publicado em 05/05/14

O secretário de Estado vaticano, Pietro Parolin, fala sobre a reforma da cúria, a Terra Santa e o desemprego

“João Paulo II afirmava que teriam sido necessários dois papas: um para estar em Roma e outro para viajar, e ele queria ser o segundo. Eu diria o mesmo sobre o secretário de Estado vaticano: seria necessário um para trabalhar e um para responder às entrevistas – e eu queria ser o primeiro”, brincou o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, mas depois não fugiu das perguntas dos jornalistas no segundo dia de trabalho da Assembleia Nacional da Ação Católica (AC) italiana.

Na véspera do encontro com Papa Francisco e outros 7 mil presidentes e assistentes paroquiais da AC, que aconteceu no dia 3 de maio na Sala Nervi, Parolin presidiu a celebração Eucarística com os 800 delegados e os 350 auditores das associações da Ação Católica provenientes de todas as dioceses italianas, junto a 50 hóspedes da Associação da Ação Católica espalhados pelo mundo.

Também o cardeal Parolin vem da AC, “uma experiência – contou aos celebrantes – que marcou profundamente minha vida e a minha formação! Por alguns anos, poucos, mas intensos, fui assistente da Ação Católica jovem na paróquia onde fui vice-pároco”. A improvisada coletiva de imprensa tocou muitos dos temas em primeiro plano esta semana, a partir dos projetos de reforma da organização vaticana.

O senhor começou a participar de maneira sistemática dos trabalhos do C8, o grupo dos cardeais encarregados pelo Papa Francisco para trabalharem na reforma da cúria romana: o que pode nos dizer dos trabalhos em curso?

De fato, comecei em fevereiro a participar das sessões de trabalho dos oito cardeais, um trabalho que se intensificou nesses dias. Este é um trabalho que, como se previa, vai adiante com muito empenho, mas também não está assim perto do fim, porque o objetivo é chegar a uma reforma da cúria romana, de uma estrutura que é particularmente complexa e que tem seus equilíbrios.

Estamos trabalhando seriamente e as promessas são boas para chegar a uma mudança que seja funcional àquela visão de Igreja que o Papa nos tem pedido: a Cúria missionária, que viva o ímpeto de evangelização, seja próxima da Igreja local e do serviço do Papa, mas também do corpo episcopal e de toda a Igreja.

A Comissão para a proteção de menores se reuniu pela primeira vez. O que ela deverá fazer, sobretudo no âmbito da prevenção?

Creio que esta é a principal tarefa da Comissão e é o espírito com o qual o Papa concebe a sua instituição. Sobre a modalidade prática do trabalho se está discutindo. Veremos qual será o resultado do encontro desses dias.

O que nos pode dizer sobre a viagem do Papa ao Oriente Médio, que acontecerá nos próximos dias?

A presença do Papa na Terra Santa certamente será um estímulo e um convite à paz, como acontece cada vez que um papa vai ao encontro dos israelitas e palestinos. Existe sempre o desejo e o presságio que prevalece a boa vontade e que através de uma aproximação muito sábia se possa chegar a enfrentar e resolver os notáveis problemas que existem no território.

Acabamos de comemorar o dia do trabalho. O senhor vê algum sinal de esperança em termos de aumento de emprego?

É difícil responder a esta pergunta. Não me parece que exista muito otimismo na sociedade; talvez devamos ter mais, porque o otimismo é uma força positiva que nos ajuda a ser criativos, a encontrar e oferecer, especialmente aos jovens, uma oportunidade de trabalho necessária para a vida deles, para o futuro deles. Não há muito otimismo, mas devemos ser animados por eeste espírito de esperança e de positividade.

O senhor encontrou a maior associação eclesiástica de leigos italianos: que papel devem ter os leigos no caminho rumo ao Sínodo das Famílias?

Os leigos devem ter um papel fundamental na preparação do Sínodo e no seu desenvolvimento, porque a família é um dos âmbitos no qual se desenvolve o apostolado dos leigos: eles têm, portanto, uma palavra a dizer, uma experiência a levar e também uma iluminação a oferecer aos pastores sobre esta realidade hoje tão desafiante, que é a família.

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