Diversas organizações ateias estão se organizando para que a famosa Cruz do World Trade Center suma de cada aniversário do 11 de setembroCancelar os sinais da fé
Nos Estados Unidos diversas organizações, lideradas pela mais barulhenta e ativa de todas, chamada American Atheists, estão se organizando para que a famosa Cruz do World Trade Center suma de cada lembrança do trágico “11 de setembro” de 2001, que marcou a vida de milhares de pessoas em Nova Iorque.
A origem da cruz
Dois dias após o atentado do “11 de setembro”, Frank Silecchia, descobriu naquela desolação uma cruz com mais de seis metros feita do que restou do edifício número 6, um daqueles abatidos pelo atentado. No lugar do World Trade Center, tinha permanecido apenas aquele sinal.
A cruz de metal se tornou logo um lugar de peregrinação e culto, e muitos entre supersticiosos, parentes das vítimas e simples cidadãos, ou visitantes, começaram a deixar ali imagens, fotos e orações.
Mais tarde a cruz revelou ser um obstáculo aos trabalhadores e assim Silecchia e seus colegas, de acordo com o agora prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, mudaram a cruz, montada sobre um pedestal de cimento, para o cruzamento daquela que era a Church Street, depois que um sacerdote católico a tinha solenemente abençoado.
Depois, sempre para dar espaço aos trabalhadores, a cruz foi novamente mudada de lugar e colocada em outros lugares, mas sempre com a promessa de que se tratava apenas de movimentações temporárias e que um dia a “relíquia” finalmente retornaria para o seu lugar, o mais adaptado à memória.
Protestos ateus
Mas então começaram os protestos ateus decididos a impedir que a cruz apareça, como projetado, no Museu oficial do Ground Zero.
A controvérsia acabou no tribunal, alcançando em 2013 um importante ponto, onde a juíza Deborah Batts estabeleceu que o ato de mostrar aquela cruz em público não constitui proselitismo das instituições públicas e que ela pode e deve estar onde está. Mas os manifestantes, convencidos que se trata de uma ofensa ao laicato das instituições, entraram com um recurso com a finalidade que a cruz seja retirada.
A Cruz do World Trade Center é certamente um emblema cristão, mas pela sua “estranheza” (vista que é um resto de vigas de aço) e pelo fato de encontrar-se no lugar do massacre, faz parte daquilo que aconteceu com todos em Nova Iorque.