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Mas é quente com o traje branco?

Pope Francis – General audience in Saint Peter’s Square Vatican – pt

© ALBERTO PIZZOLI / AFP

Roberta Sciamplicotti - Aleteia Vaticano - publicado em 14/05/14

O Papa contado pelas crianças no livro de Marinella Bandini

“Mas é quente com o traje branco? O Papa Francisco contado pelas crianças” (Editora Tau, Itália) é o título do livro de Marinella Bandini que busca descrever o Papa com os olhos e as palavras dos pequeninos.

No prefácio o vaticanista da TG2 RAI, Lucio Brunelli, cita a frase de um grande autor cristão dos primeiros séculos, Gregorio de Nissa, “aomente a admiração conhece”, enfatizando que “o olhar das crianças, a espontânea maravilha diante das coisas que acontecem, é indicado no Evangelho como um exemplo, também para nós, adultos”.

Neste sentido, o livro de Marinella Bandini conta a novidade da eleição do Papa Francisco através do olhar maravilhado das crianças. “As páginas correm rápido. Rimos também. São as crianças de Roma. Aquele anúncio em latim, da janela central da Basílica de São Pedro, depois da fumaça branca, torna-se um adorável Avemus papam, ‘espero que se escreva assim…’”.

Lendo o livro, a coisa que mais comove é como as crianças aprendem de forma imediata o essencial, ou “o coração da personalidade e da mensagem do Papa Francisco”.

"As crianças não seriam crianças sem seus mil ‘porquês’ e suas mil perguntas”, conta Brunelli. “Fez bem a autora em recolher sem comentar, no fim do livro, as curiosidades mais simpáticas (‘Mas é quente com o traje branco?’); as perguntas mais sérias e mais meigas: ‘Consegue falar com Jesus, pergunta para Ele como está a minha tia que morreu no ano passado?’”.

O livro, explica Marinella Bandini, “envolve tantos encontros”: “alguém tem um rosto preciso (de professor de catequese, dos ‘pueri cantores’ e das crianças de algumas paróquias); a maior parte não: os imaginei lendo os seus escritos e vendo seus desenhos, todos realizados no dia seguinte da eleição de Francisco. Cerca de 200 crianças entre os seis e dez anos, algumas um pouco maiores, rostos e histórias de crianças de Roma, a cidade do Papa. Não é um livro ‘para crianças’, mas das crianças, e para todos aqueles que querem escutar”.

O texto é acompanhado dos desenhos dos pequenos, que ilustram muito mais que as palavras. Um traz a frase “O Papa Francisco, assim que nos olha, nos traz o sorriso e o sol”; um outro: “Gosto muito do Papa Francisco porque sabe falar com as pessoas”; um outro ainda: “O novo Papa deu tudo aos pobres”.

Sim, porque a pobreza é um dos traços que toca a maioria das crianças. “Não é somente questão de justiça”, escreve Bandini, “Não se trata nem mesmo de recursos materiais apenas, embora a sua infância – em uma família modesta, mas não pobre – o tenha ensinado a parcimônia e uma certa sobriedade. Tem uma nota de alegria dentro desta palavra ‘pobreza’, aquela mesma alegria que transparece do rosto do Papa quando fala da pobreza. De São Francisco, além de ‘pobrezinho’, era chamado também de ‘alegre de Deus’”.

Significativas são as perguntas que as crianças imaginam poder fazer ao Papa: “Como é ser Papa? É divertido ou chato? Eu penso que seja divertido”, “Como é a vida do Papa? Creio que seja interessante”, “Se pudesse voltar atrás, mudaria alguma coisa?”. Muitos perguntam até se o Papa tem um animal, ou “Dorme sempre com pijama branco?”, mas também coisas muito mais “fortes”: “Conseguirá acabar com a guerra? Conseguirá levar o amor?”, “Peço-lhe que mude o mundo com a sua alegria, a sua simplicidade”, “Qual é o seu projeto para a Igreja este ano?”.

Mais uma vez, enfim, as crianças surpreendem, e demonstram com toda a sinceridade um grande afeto por Bergoglio: “Querido Papa, o senhor é simpático e doce, todo mundo te adora e quer que seja para sempre o nosso Papa”.

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