Conheça um pouco mais sobre o padroeiro dos enfermos, pedindo sua intercessão para que Deus acompanhe nos sofrimentos
Hoje é dia de recordar São Camilo, padroeiro dos enfermos e dos hospitais. O cardeal Odilo Scherer informou pelo Twitter:
Bom dia! Hoje, em SPaulo, é lembrado o 4• centenário da morte d S.Camilo de Lellis, fundador da Ordem dos Ministros dos Enfermos, Camilianos
— Dom Odilo Scherer (@DomOdiloScherer)
20 maio 2014
Esta é a oração de São Camilo:
Senhor, Deus de toda a consolação,
Pai rico em misericórdia, vós sois amor.
Conheceis nossas necessidades e estais presente em nossos sofrimentos.
Escolhestes São Camilo para cuidar dos doentes e ensinar como servi-los.
Pedimos, por vossa intercessão, o dom da caridade que ilumina,
fortalece e leva à plenitude a nossa vida para amar-vos também em
nossos sofrimentos e servir-vos com amor
em nossos irmãos e irmãs doentes.
Amém.
E esta é a história de São Camilo:
Pertencente de uma nobre e tradicional família, Camilo de Lellis foi militar e pelo seu caráter, expulso da tropa. Viciado em jogo, levava vida profana e decadente. Perdeu todos os seus bens. No momento mais melancólico de sua vida, em uma situação de mendicância, Camilo foi tocado pela graça divina, arrependendo-se de todos os seus pecados, passando a dedicar sua vida a servir, por espírito de caridade, aos doentes pobres em hospitais. E diante de tanta dedicação, fundou a Companhia dos Servidores dos Enfermos, conhecidos como Camilianos. E não é por menos que tornou-se patrono dos enfermos e dos hospitais.
Seu sobrenome remonta à história da igreja, época de Teodoro de Lellis, o Cardeal Pio II. Mas São Camilo de Lellis fez a própria história e deixou sua fé e sua dedicação aos enfermos disseminadas por todo o mundo.
São Camilo era italiano de Abruzzo, mas precisamente da cidade de Bucchianico. Em 1550, ano de seu nascimento, sua família carregava no sangue virtude, coragem e brio dos que lutaram nas Cruzadas.
Seu nascimento coroou o casamento de tantos anos da senhora Camila, a mãe, que até os 60 anos de idade não tinha conseguido dar um herdeiro ao esposo João.
Vida Voluntária
Camillus de Lellis – 1550-1614
E foi com 17 anos que Camilo alistou-se como voluntário no exército de Veneza. Naquela época, pôde conviver com o drama dos enfermos que agonizavam diante de várias doenças. Foi dessa época também que Camilo passou a viver com uma dolorosa úlcera no pé, que o acompanhou até o último dia de vida. Nesse período, também sofreu a perda do pai e sua vida enveredou-se para os prazeres mundanos, como o da jogatina.
A vida de Camilo mudou completamente. Sofreu diante da falta de condições financeiras e de saúde. Doente, não conseguiu local para internar-se, o que o fez partir para Roma, pedindo auxílio no Hospital Santiago, justamente para tratar da chaga no pé direito. Camilo não tinha dinheiro para pagar o tratamento e ofereceu-se para trabalhos de servente e de enfermeiro.
Mal cicatrizada a ferida, Camilo, sem nenhum recurso financeiro, soube que o país recrutava voluntários para combater os turcos. E lá foi ele. Não parou tão cedo. Em 1573, mais um combate. Neste ano, quase restabelecido economicamente, Camilo, mais uma vez, rendeu-se aos prazeres mundanos e atirou-se aos jogos. Perdeu tudo. Ficou a zero, reduzido à miséria. Retornou a Nápoles e prometeu se fazer religioso franciscano.
Um ano depois, Camilo esqueceu-se do voto que fizera de se tornar religioso franciscano e mergulhou novamente no jogo. O jogo e a bebida tornaram-se vícios em sua vida. Ficou novamente na miséria. Partiu para Veneza. Passou frio e fome. Não tinha onde morar, nem dormir. Em uma das derrotas no jogo, deu como pagamento a própria camisa. Depois de muito perambular, conseguiu abrigo no convento dos capuchinhos, momento em que lembrou do voto de tornar-se religioso. Converteu-se realmente.