Vários grupos "jihadistas", alguns ligados à rede Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), seguem ativos no norte do Mali
Por volta de 30 funcionários do governo do Mali que estavam em poder de rebeldes tuaregues em Kidal (nordeste) foram libertados nesta segunda-feira, informaram uma fonte da organização e um agente humanitário.
"Acabamos de receber cerca de trinta reféns. Eles estão bem. Dois estão muito cansados", declarou um integrante da missão da ONU no Mali (Minusma), em Kidal.
A informação foi confirmada por um agente humanitário que participou da entrega dos reféns à Minusma. Há "entre 28 e 30 pessoas com a Minusma", disse.
Na noite de domingo, o primeiro-ministro malinês, Moussa Mara, havia afirmado que as autoridades tentavam conseguir a libertação dos reféns, que havia sido exigida por Estados Unidos e França.
Os funcionários do governo malinês estavam desde sábado em poder do Movimento Nacional de Libertação do Azawad (MNLA), rebelião tuaregue presente em Kidal. Os rebeldes afirmaram que eles tinham sido feitos "prisioneiros" depois de combates com o Exército malinês no sábado.
Bamako anunciou o envio de reforços ao feudo tuareg de Kidal para tentar retomar o controle da cidade.
"Nas últimas 24 horas, chegaram 1.500 militares malineses para reforçar as tropas em Kidal", disse à AFP uma fonte militar estrangeira.
Segundo um oficial do Exército do Mali, este número "será revisado para cima nas próximas horas".
Vários grupos "jihadistas", alguns ligados à rede Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), seguem ativos no norte do Mali, apesar da intervenção armada internacional lançada em janeiro de 2013 sob a liderança da França.