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A especial lei do amor de Madre Teresa

Madre Teresa con bambino – pt

@Lord Emsworth

Heather King - publicado em 23/05/14

Converter a Cristo, contudo, não era o seu propósito principal

Recentemente, quando me encontrava sozinha na costa central da Califórnia, li um livro chamado “O amor que fez Madre Teresa”, de David Scott. O livro tem como subtítulo “Como as visões secretas e a noite escura podem nos ajudar a alcançar as periferias do Teu Coração”.

O livro foi escrito de maneira simples, acessível e cheio de histórias. Scott capturou de forma esplêndida a vida de uma santa, Madre Teresa, de grande projeção midiática, que contudo tem os seus detalhes biográficos de juventude e vida adulta envoltos no mistério.

Como Cristo, rejeitou se identificar com a direita ou a esquerda. Como Cristo, cultivou a pobreza e fez entender que o homem não vive somente de pão. “Visitando uma das casas missionárias, chegou a Nezahualcóyotl, no México. Era um subúrbio onde as pessoas viviam em barracos feitos de alumínio e compensado. Ela perguntou às pessoas qual era a maior necessidade delas. Um homem, falando em nome de todos disse simplesmente: ‘A Palavra de Deus’”.

Como muitos de nós, talvez, tenho dificuldades em compreender o significado da Nova Evangelização. Evangelizar para o quê? Às vezes penso, evangelizar quem? Qual conversação iniciar? Mas quando foi a última vez que chorei por um assobio de um pássaro, ou pelo desabrochar de uma flor? Quando foi a última vez que perdoei alguém? Quando foi a última vez que pedi desculpa a alguém? Quanto profundamente o meu coração é capaz de desejar? Quanto sou disposta a sofrer? Estas são coisas que não podem ser contadas, ou reduzidas a um estado. 

Como blogger que fala da fé preciso pensar neste aspecto, no esforço de alcançar os leitores, não devo buscar levar a religião “conveniente”: respeitável, homogênea, não ameaçadora, não falsa, salvadora, segura, uma extensão e forma distinguível da cultura em geral. Devo buscar convidar as pessoas a experimentar uma aventura. Mas para fazer isso, devo viver eu mesma esta aventura. Devo viver em um certo modo a precariedade.

Madre Teresa possuía pouco mais de um hábito indiano e apenas uma Bíblia. Claramente ela estava exatamente dentro, com, e enraizada em Cristo. Em uma das passagens mais fortes do livro, Scott diz:

“Converter a Cristo, contudo, não era o seu propósito principal. Em vez disso, ela tentava converter ao amor. Somente Deus pode mudar o coração de uma pessoa, ela dizia. O seu ofício era amar, irradiar o amor de Cristo e, através do seu trabalho de amor, dizer às pessoas quanto amor Deus tinha por elas. Do seu amor, ela esperava aproximar o homem e a mulher a Deus. Ela dizia que dali adiante Deus conduzia as pessoas pelo resto do caminho”.

Como para esvaziar o seu ego: não somos nós a evangelizar; Deus o faz. A conversão é um misterioso, geralmente longo e lento, processo que se encontra todo fora do nosso controle. Quando pensamos que estamos fazendo uma conversão, que nós temos a especial missão de converter, um fio de competição pode insinuar-se nos nossos pensamentos e no nosso coração.

Scott continua: “Nós portamos um testemunho de amor da presença de Deus – dizia Madre Teresa – e se católicos, protestantes, budistas ou agnósticos se tornam por esta razão homens melhores, nós estaremos satisfeitos. Crescendo no amor eles estarão mais próximos de Deus e encontrarão Nele o bem”.

O Caminho, a Verdade, a Vida, tudo é amor. Não prosperidade ou grandes números. A lei é o amor.

Digo isto para mim mesma enquanto a batalha entre nós mesmos e Deus é combatida quotidianamente, a cada hora. É fácil “inchar-se” de orgulho no dizer quantas pessoas gostaram do meu discurso a favor da vida e contra a guerra. Mas como me comporto quando a tela do computador desliga? De que modo sou atenta e presente às pessoas ao meu redor quando o blog de noite se fecha e a minha vida é escondida em Cristo?

Madre Teresa nos lembra que o tempo separa as ovelhas das cabras, Cristo não virá para certificar-se se temos cinco ou cinquenta mil seguidores no Twitter. Não permanecerá surpreso do fato que tenhamos aprendido e memorizado o Catecismo. Não, terá no coração se estávamos dispostos a compartilhar nosso último pedaço de pão.

Heather King é católica convertida, uma ex-alcoólatra, e escritora americana. Seu livro mais recente é STRIPPED: Cancer, Culture and The Cloud of Unknowing. Faz conferências pelo país e cuida de um blog que tem como título Heather King: Mystery, Smarts, Laughs. 

Tags:
AmorConversãoMadre TeresaValoresVida
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