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Na Jordânia, Francisco pede solução “urgente” para conflitos na região

Pope Francis with Jordan’s King Abdullah II – pt

© ANDREW MEDICHINI / POOL / AFP

JORDAN, Amman : Pope Francis (R) is greeted by Jordan's King Abdullah II during a meeting at the Royal Palace in Amman on May 24, 2014. Pope Francis urged respect for religious freedom in the Middle East and an end to persecution of Christians, saying they were "full citizens" with a right to be in the region. AFP PHOTO/POOL/ANDREW MEDICHINI

News.va - publicado em 24/05/14

A Jordânia foi a porta de entrada para Francisco nesta peregrinação

Paz, diálogo e liberdade religiosa: estes foram os principais temas tratados pelo PapaFrancisco em seu primeiro discurso na Terra Santa, no Palácio Real de Amã.

A Jordânia foi a porta de entrada para Francisco nesta peregrinação. A cerimônia de boas-vindas não se realizou no aeroporto, mas no Palácio Real, onde o Pontífice foi acolhido pelo Rei Abdallah II Hussein e pela Rainha da Jordânia, Rania. Quando Paulo VI visitou o país, em 1964, seu anfitrião foi o pai de Abdallah II. O atual monarca, no trono desde 1999, deu as boas-vindas a João Paulo II em 2000 e a Bento XVI em 2009, e já foi recebido duas vezes por Francisco no Vaticano (agosto 2013 e abril de 2014).

Francisco definiu a Jordânia uma “terra rica de história e de grande significado religioso para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo”. De modo especial, o Pontífice destacou o acolhimento “generoso” a um grande número de refugiados palestinos, iraquianos e sírios – vítimas de um “conflito que já dura há muito tempo”.

“Este acolhimento merece a estima e o apoio da comunidade internacional”, afirmou o Papa, garantindo o empenho da Igreja Católica na assistência aos refugiados e a quem vive em necessidade, sobretudo através da Cáritas Jordaniana.

A seguir, Francisco constatou a persistência de “fortes tensões na área médio-oriental”, agradecendo às autoridades do Reino Hachemita pelo compromisso na busca da paz. Para este objetivo, advertiu o Papa, “torna-se imensamente necessária e urgente uma solução pacífica para a crise síria, bem como uma solução justa para o conflito israelense-palestino”.

Quanto ao diálogo inter-religioso, mais uma vez o Papa expressou sua gratidão à Jordânia por ter incentivado uma série de importantes iniciativas para promover a compreensão entre judeus, cristãos e muçulmanos. “Aproveito esta oportunidade para renovar o meu profundo respeito e a minha estima à comunidade muçulmana e manifestar o meu apreço pela função de guia desempenhada pelo Rei na promoção duma compreensão mais adequada das virtudes proclamadas pelo Islã e da serena convivência entre os fiéis das diferentes religiões.”

Aos cristãos, o Papa agradeceu principalmente pelo trabalho no campo da educação e da saúde, ressaltando que na Jordânia eles podem professar com tranquilidade a sua fé. A liberdade religiosa, recordou Francisco, é um direito humano fundamental, fazendo votos de que o mesmo seja tido em “grande” consideração em todo o Oriente Médio e no mundo inteiro.

“Os cristãos sentem-se e são cidadãos de pleno direito e pretendem contribuir para a construção da sociedade, juntamente com os seus compatriotas muçulmanos, oferecendo a sua específica contribuição.”

Por fim, o Pontífice saudou o Reino da Jordânia e seu povo, “com a esperança de que esta visita contribua para incrementar e promover boas e cordiais relações entre cristãos e muçulmanos”.

(Rádio Vaticano)

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