A Cáritas Baby Hospital de Belém é a menina dos olhos da pediatria. Como é possível? Conta-nos irmã Lucia, a responsável da qualidade sanitária
“Estou aqui por obediência à missão, se dependesse da minha vontade teria feito outra coisa. Mas confio no Senhor e vejo que quando Ele age por mim, sou mais feliz!”. Seria possível resumir com estas palavras da irmã Lucia Corradin a obra da Cáritas Baby Hospital, estrutura que se encontra em Belém. Além da excelência sanitária no ramo da pediatria, a origem do seu prestígio a irmã não tem dúvidas: “Vem de Deus!”.
Um bom samaritano suíço
Tudo nasceu de um religioso suíço que em 1952, enquanto caminhava para a Basílica da Natividade, encontrou um homem que ia enterrar seu filho morto por desnutrição. Ali apareceu a intuição: entrar nos campos dos refugiados, recolher as crianças desnutridas e cuidar delas. E assim, em 24 de dezembro de 1952, nasceu a obra com as primeiras 14 crianças. Foi inaugurada oficialmente em 1978, como estrutura sanitária que se mantém até hoje graças a doações privadas.
A visita de Bento XVI
Irmã Lucia, de origem italiana (em Belém desde 2002), é entusiasta da Cáritas Baby Hospital. “As crianças me ensinam a viver. Um pequenino que sofre não somente pede remédio, mas sobretudo humanidade e aproximação. E nós estamos aqui para isto”. Depois relembra a visita de Bento XVI em 2009, que encontrou as crianças do centro pediátrico: “Ele nos deu um dever: ser testemunhas da verdadeira esperança num lugar cheio de contradições”.
Não deixamos roubar a esperança!
Antes de voltar ao trabalho, diz do Papa Bergoglio: “Quando ele fala de não se deixar roubar a esperança, diz isso a pessoas como nós. Eu creio que a nossa tarefa não seja somente cuidar de uma ilha feliz, mas ir além, para as periferias. Não esperar apenas que as pessoas necessitadas cheguem aqui, mas ir até elas”. Em outras palavras, a cultura do encontro.