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3 perigos para quem está saindo da adição à pornografia

US bishops to address ‘pervasive’ challenges of pornography – pt

Houdoken

Aleteia Vaticano - publicado em 03/06/14

Se você baixar a guarda, os problemas podem voltar

Para quem saiu da adição à pornografia, há uma luta de todos os dias. Uma atenção constante. Sabemos que, se baixarmos a guarda, os problemas voltarão.

Sabemos mesmo?

Nem sempre Há 3 problemas que considero serem fundamentais para quem está vendo uma luz no fim do túnel:

1. Confiança demais: “Estou saindo. Saí. Que alegria e felicidade! Proclamemos aos quatro ventos! (Só aos ventos que conheciam nosso problema, claro)”. O tempo passa e acabamos baixando a guarda. Uma saudável tensão contínua pode ser de grande ajuda.

Abandonamos os filmes, deixamos de lado algumas publicações com fotos que não vêm ao caso. Colocamos o computador na sala, para estar acompanhados. Tiramos a internet do iPad ou colocamos um filtro etc.

Mas nunca estamos totalmente a salvo. Vivi algo diferente dos outros, mas posso acabar me esquecendo disso. No meu caso, já era complicado ver certas mulheres e admirar objetivamente a beleza dos seus corpos.

“Como eu já havia saído do vício – dizia a mim mesmo –, posso fazer isso como qualquer outro homem. Não é justo que não possa.” Sim e não. Você tem o discernimento para separar as coisas? Isso me leva ao segundo problema:

2. A roleta russa: pode ser um seriado novo ou a internet que apareceu novamente em nossos dispositivos. Como já não acontece nada, vou olhar alguma coisa, talvez rapidinho, porque, de qualquer maneira, eu gosto de mulheres.

Acontece a mesma coisa com as capas de revistas, com lugares que consideramos ser inofensivos. “Vou olhar só um pouco, depois fecho, afinal de contas, estou curado.”

3. Um dia ruim: sabemos que qualquer um pode ter um dia ruim, mas cada um descarrega sua tensão de uma maneira diferente. No meu passado, a fuga era simples. Eu sabia que havia algo que nunca falhava. Sempre estava lá, esperando-me. Oferecia-me uma segurança e eu não precisava de ninguém.

Você volta para casa. O dia foi péssimo. “Foi um dia daqueles”, pensamos. Algo no trabalho. Discussão com o chefe. Algum ridículo no caminho. Problemas financeiros. Cansaço físico. Você chega em casa e não espera o descanso do guerreiro, mas guerrear sem descanso; os outros também tiveram um dia ruim.

“Não aguento mais! Vou ver um episódio do meu seriado favorito e ficarei na cama pra não sair mais.” Este é o momento mais perigoso. Estamos mais vulneráveis. O resto parece não importar mais. Será bem fácil recorrer a certos prazerosos hábitos…

Bem, ainda que não pareça, este não é um texto negativo. Encontrei remédios para estes três males. A confiança é irreparável, certo. Eu rezava. Talvez você tenha outras soluções. No entanto, às vezes caí. Repito: “Caí, mas não sou escravo!”.

Não é a mesma coisa de antes. Agora quero sair, agora vi que é possível sair. Agora conheço o dano que a pornografia causa. Agora sei que temos amigos aqui. Cair e levantar. Não voltamos ao passado, isso é mentira. Voltemos às armas, isso sim.

É um toque de atenção do qual podemos aprender algo. Nunca estamos a salvo, porque somos “só” homens (ou mulheres), mas sabemos distinguir o bem do mal e sabemos o que é preciso fazer. Estamos juntos, não se esqueça disso.

(Artigo publicado originalmente no blog PorqueSePuede)

Tags:
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