É necessária uma regra para garantir a liberdade de acesso, mas proteger contra possíveis abusosA internet representa uma extraordinária oportunidade da nossa época para intensificar as relações entre as pessoas e a aproximação entre elas.
A este respeito, a Aleteia entrevistou Ruben Razzante, professor de direito da informação e de comunicação na Universidade Católica de Milão e da Lumsa, em Roma.
A internet nos apresenta novos desafios: quais são suas potencialidades e riscos?
Os riscos são notáveis porque existem questões de alguns direitos fundamentais, como a privacidade, a reputação, a honra, o direito de autor. Espera-se que as autoridades supranacionais regularizem uma matéria assim complexa porque as leis nacionais não podem resolver problemas deste porte. O objetivo é realizar um balanço na tutela dos direitos e fazer de modo com que os cidadãos sejam efetivamente protegidos também quando navegam na internet.
E as potencialidades?
Existem enormes potencialidades participativas que se realizam na capacidade de aproximar cidadãos que vivem também em países e continentes diversos. Diálogo, participação, confrontos, são todos frutos maduros da democracia na rede. A internet teve a honra de preencher as distâncias que existem no mundo físico.
A internet poderia verdadeiramente levar a passagem da democracia representativa àquela direta?
A democracia representativa permanece insubstituível e, além disso, há ainda a necessidade de preservar as mediações – dos grupos, dos partidos, dos movimentos. Esta uma mediação física, não pode ser virtual. Não se pode substituir a democracia dos partidos pela democracia da audiência, do compartilhamento, do número de fãs ou de “curtidas”.