Enquanto a Copa do Mundo se aproxima, a brecha entre os recursos dedicados ao acontecimento e o nível de vida dos brasileiros cresce cada vez mais.
A Copa será realizada em um país no qual os habitantes não têm dinheiro para assistir aos jogos, e as grandiosas obras construídas para a competição acabaram simplesmente expulsando os cidadãos brasileiros.
Os duvidosos preparativos para a Copa foram denunciados no mundo inteiro.
O país emergente que recebe o evento este ano exibe uma gritante desigualdade econômica e não conseguiu evitar os escândalos.
Violência, expulsões, falta de respeito aos direitos humanos: o Brasil transformou este acontecimento esportivo em uma oportunidade mundial para denunciar todos os abusos causados pela corrupção do vergonhoso negócio do futebol.
Os convites ao boicote nas redes sociais – “Não vai ter Copa” – mobilizam milhares de internautas, e a hashtag #BoicoteCopa lidera as tendências no Twitter.
Mas o último escândalo não se situa no Brasil, e sim no Paquistão. A equipe paquistanesa de futebol está na 159ª posição do mundo e não se classificou para a Copa.
No entanto, os operários da Forward Sports esperam quase com impaciência a chegada do dia 12 de junho, em sua pequena localidade ao leste do Paquistão. Sua atenção não se centrará no Messi ou no Neymar, mas na Brazuca, essa bola branca salpicada de curvas pretas e multicoloridas da gigante Adidas, nascida das suas mãos.
A empresa paquistanesa poderia se gabar de ter conseguido do contrato para fabricar a preciosa Brazuca; mas a decisão, que se explica pelos baixíssimos custos de fabricação, não agrada todo mundo.
O preço da bola é duas vezes maior que o salário das jovens paquistanesas que a confeccionaram. Enquanto cada bola é vendida a 130 euros (395 reais) nas lojas, os operários não chegam aos 74 euros mensais (225 reais) pela sua confecção.
Brazuca: a bola que vale dois meses de salário

DR
Adidas soccer world cup 2014
Mathilde Dehestru - publicado em 09/06/14
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