"O ciclo da violência na qual vivemos parece reafirmar seu domínio com maior ferocidade", patriarca de Jerusalém, Fouad Twal
A notícia da morte dos três jovens judeus, no último dia 12 de junho na Cisjordânia, ainda gera tensão no Oriente Médio.
Os palestinos em Jerusalém permanecem indignados após a descoberta do cadáver de um jovem palestino, o que pareceria uma vingança, uma represália dos israelenses extremistas, após o funeral dos três jovens judeus Eilad, Gilad e Naftali.
Diante da notícia da morte do jovem palestino Mohammad Abu Khdeir, de apenas 16 anos, o patriarca de Jerusalém, Fouad Twal, pronunciou estas palavras: “não é digno de líderes políticos e religiosos apoiar, alimentar, fomentar a vingança. Vingança chama vingança, o sangue chama sangue. Os jovens inocentes assassinados são como vítimas sacrificadas sobre os altares diabólicos do ódio. Rezemos pelos pais e familiares de todos estes jovens sacrificados, sequestrados e assassinados”.
“A visita do Papa Francisco na Terra Santa e depois o encontro de oração no Vaticano”, ressalta o patriarca, “alimentaram felizes esperanças da paz. Agora, com o sacrifício dos jovens inocentes, o ciclo da violência na qual vivemos parece reafirmar o domínio desta mesma violência com maior ferocidade. Quase parece uma reação para sufocar o nascer da esperança que tinha sido despertada. Por isso continuamente rezemos para pedir o milagre da paz. Isso reconhecendo que o ódio e o rancor fazem mal a todos. Enquanto a paz e o perdão fazem bem a todos”.
O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi, afirmou na última segunda-feira, 1° de julho, que a notícia da morte dos três jovens abalou o Papa Francisco. “Trata-se, disse o Padre Lombardi, de um gravíssimo obstáculo no caminho para aquela paz pela qual devemos incansavelmente continuar a nos empenhar e rezar”.