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É possível libertar uma pessoa da possessão demoníaca a distância?

The Devil in the Details Pixabay CC – pt

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Don Gabriele Amorth - Credere - publicado em 11/07/14

O mais famoso exorcista do mundo explica se uma pessoa pode ser libertada sem saber, ou seja, através da oração dos outros

Entrevista com o Padre Gabriele Amorth, por Stefano Stimamiglio

Padre Gabriele, uma pessoa pode ser libertada sem saber, ou seja, através da oração dos outros?

É possível que a oração de uma comunidade cristã, dos familiares ou amigos prepare o caminho para a plena cura. Mas por experiência, digo que a libertação não acontece contra a vontade da própria pessoa. Sem a contribuição ativa da pessoa, feita de uma intensa vida de fé sustentada pelos sacramentos e pela oração, a libertação não acontece. O risco que vejo no caso de possessão ou outro mal é o de permanecer sozinho, isolado, sem apoio. Ter uma comunidade paroquial, uma comunidade da Renovação Carismática, de um outro movimento, ou amigos que rezam para a sua libertação é verdadeiramente uma graça da qual deve-se glorificar a Deus.

Se uma pessoa não quer ser exorcizada, ou receber uma oração, devemos deixá-la?

Não se pode obrigar alguém a receber um exorcismo, ou uma oração de libertação contra a sua vontade. Frequentemente é o espírito malígno que manipula, algumas vezes de forma invensível, uma pessoa a não querer receber a oração. Após a oração, ou o exorcismo, muitas vezes acontece que a pessoa parece quase “mais consciente”, novamente capaz de possuir suas próprias faculdades voluntárias. É a confirmação que a oração fez efeito, que porém pode ser apenas temporário.

Em qual sentido?

No sentido que a libertação definitiva não aconteceu ainda e que, a qualquer momento, a pessoa pode recair no seu estado apático e negativo. Mas este “momento de consciência” é um bom sinal, o caminho já foi traçado e é preciso somente percorrê-lo.

Existem também pessoas que possam descobrir o mal que aconteceu a elas frequentando um lugar santo?

Acontece sobretudo quando se vai a santuários marianos, onde não é raro realizar libertações, ou quando participa-se de um retiro, procissões ou adorações eucarísticas. Talvez tenha-se vivido um passado um pouco conturbado e, naquela ocasião, o fato se manifesta de maneira mais clara e evidente. É o sinal de que o demônio permaneceu escondido até quando pode, mas diante da potência de Deus precisou se manifestar. Este fato, contrariamente ao que se pode pensar, é um momento de graça, porque somente conhecendo a doença é possível curá-la.

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DemônioDeusExorcismoliberdade
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