A mentalidade abortiva torna-se “natural” levando a extremos o possível domínio sobre a vida e sobre a morte1) Congelamento de embriões: para eventual uso posterior o que leva ao seu acúmulo e a situações insolúveis eticamente com a medida de descarte de embriões, adoção ou uso para experimentação.
2) Número de embriões transferidos: questões ligadas ao hiper-estímulo para ovulação na mãe e técnica de matar os fetos quando a gestação é múltipla: redução.
3) Doação de gametas: óvulo ou espermatozóide trazendo todos os problemas de desconfiguração da família e de identidade do concepto.
4) Eugenismo: seleção do sexo; “aperfeiçoamento da raça”.
5) Experiências: com embriões e fetos; órgãos / tecidos; uso de óvulos de fetos; fecundações híbridas (gametas de animais com humanos).
6) Clonagem.
7) Gestação em menopausa: gestação em situaçãoes ou com técnicas arbitrárias e anômalas.
8) Mãe portadora: mãe substituta ou “de aluguel”, venda do corpo com todos os riscos.
9) Manipulação genética: modificação do patrimônio genético.
Desenvolve-se uma dinâmica de violência e de domínio a que, involuntariamente se submetem até os pais e a mentalidade abortiva torna-se “natural” levando a extremos o possível domínio sobre a vida e sobre a morte, podendo chegar ao eugenismo radical como se fosse um direito dos pais ou do Estado.
A vida e a identidade do embrião se tornam sujeitos ao poder de médicos e biólogos e se instaura um domínio da técnica sobre a origem e o destino da Pessoa Humana.
Deve-se manter claro que cada ser humano é mais do que uma combinação de informações: em cada um se dá uma nova criação. O Ser humano é fim e fonte da sociedade, realidade transcendente para a Economia, para o Direito e para a própria História.
A vida, especialmente a humana, continua sendo um mistério. A ciência nos conduziu até seu “umbral”, porém não nos permitiu atravessá-lo. A primeira mostra de respeito do médico pela pessoa humana se manifesta em sua preocupação consciente por captar quem ele é o que toca assim o propriamente misterioso na existência humana: mistério que não é um segredo na concepção habitual da palavra, mas algo oculto e inefável que constitui um caminho para uma realidade mais plena existencial.