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O professor que não regava as mudas

Senior man holding young plant in hands against spring – pt

Sunny studio-Igor Yaruta

A12 - publicado em 15/07/14

Nossos instintos foram feridos pelo pecado. Precisamos domá-los, e isso nos custa sacrifícios, treinamento e penitência

Havia, certa vez, um velho, professor aposentado, que morava em um sítio e gostava de plantar mudas de árvores. O seu sonho era fazer do sítio um bosque.

Mas este professor era diferente dos outros sitiantes. Ele não regava as mudas que plantava. Regava apenas no começo, até pegarem. Esta sua atitude intrigava a sabedoria dos vizinhos.

Ele explicava: “Se eu regar, elas ficam mimadas. Não regando, a vida delas se torna difícil, têm de aprofundar as raízes em busca de umidade. Assim, um vento forte não as derrubará”. Além de não regar, de vez em quando ele batia nas plantas com jornal enrolado.

Anos depois, o velho faleceu. O seu sítio tornou-se realmente um bosque muito bonito. Mas um bosque diferente. Quando a seca era prolongada, as árvores dos sítios vizinhos perdiam as folhas, mas aquelas não. Se dava um temporal, nenhuma árvore caía, mesmo quando muitas vizinhas caíam.

Árvores regadas todos os dias gostam de ser bem servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas tremem.O interessante é que as árvores daquele professor pareciam preferir a adversidade e a privação, ao conforto e à tranquilidade.

As pessoas gostavam de fazer confraternizações embaixo delas. Isso porque, ao contrário das outras, aquelas árvores aprenderam a beber café sem açúcar.

Uma mãe, vizinha daquele sítio, sempre pedia a Deus, para seus filhos uma vida fácil e sem sofrimentos. Ao contemplar aquelas árvores, mudou a sua oração. Os ventos gelados são inevitáveis e as tempestades também. Ela passou a rezar para que as raízes dos seus filhos fossem profundas, a fim de encontrarem a umidade necessária para vencer as adversidades.

Nossos instintos foram feridos pelo pecado. Precisamos domá-los, e isso nos custa sacrifícios, treinamento e penitência.“Eu castigo o meu corpo e o trato com dureza, para não acontecer que eu proclame a mensagem aos outros, e eu mesmo seja reprovado” (1Cor 9,27).

João Batista foi um profeta que cresceu numa vida austera, vivendo no deserto e fazendo penitência. Só podia dar no que deu: Coragem… martírio.

Maria Santíssima também levou vida austera e foi uma profetiza corajosa. Ela fez denúncias claras: “O Senhor mostrou a força de seu braço. Dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias” (Lc 1,51-53). Ela enfrentou sacrifícios, como vemos na longa caminhada que fez, pela região montanhosa, para ajudar a prima Isabel. Santa Maria, rogai por nós.

Pe. Queiróz

(A12)

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