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Será que os sites de namoro online funcionam mesmo?

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Aleteia Vaticano - publicado em 21/07/14

Há sites e sites: alguns deles podem ser ótimas ferramentas para você conhecer o seu futuro cônjuge!

Alguém que você conhece pode ter acabado de descobrir na internet o seu cônjuge potencial!

Pode ser o seu vizinho, colega, a sua filha solteira, o seu tio viúvo, aquela doce senhora da missa das sete. Pode ser alguém que você nunca imaginou que acessasse um site ou aplicativo de namoro online.

As ferramentas virtuais de encontros sugerem combinações de pessoas com base na análise das respostas que elas dão a questionários sobre as suas preferências: os sistemas identificam pessoas que têm alto índice de respostas parecidas e as sugerem uma à outra.

Em muitos círculos sociais, recorrer a sites de namoro online ainda é um tabu (ou pelo menos é considerado brega). É visto como coisa para gente desesperada, que não consegue arrumar um parceiro por conta própria. Desde o surgimento desse tipo de site, sempre houve um número muito considerável de pessoas que os usavam, mas poucas admitiam isso em público.

Este cenário está mudando.

Recentemente, eu fui ao casamento de um jovem casal, ambos de famílias católicas extremamente conservadoras. Testemunhei o seu namoro casto, admirei a belíssima cerimônia e me surpreendi, na festa, ao descobrir que eles tinham se conhecido online. Eles eram as últimas pessoas que eu imaginaria que acessassem um site de namoro na internet!

Depois do casamento, fiquei me perguntando quantos outros casais que eu conhecia teriam se formado desse mesmo jeito. E descobri que era um bom número, pois continuei conhecendo várias pessoas, tanto jovens quanto de meia-idade, cujos relacionamentos tinham começado no ambiente online.

Afinal, quem é que está usando esses sites e aplicativos de namoro hoje em dia? E por quê? Eu fui atrás das respostas e… elas me surpreenderam.

Comecei fazendo uma pesquisa na internet que me levou a dezenas de sites de namoro online focados numa ampla variedade de públicos, tanto laicos quanto religiosos. Depois, entrevistei um representante do CatholicMatch.com, o maior e mais ativo site voltado exclusivamente a solteiros católicos. Desde a fundação em 2004, o CatholicMatch.com, cujos usuários têm de 18 a 80 anos, ajudou milhares de pessoas que se conheceram no site a chegarem até o altar.

E esses milhares representam apenas a parte de que os diretores do site têm notícia, declara a gerente Robyn Lee, do Instituto CatholicMatch, que presta serviços relacionados a namoro e casamento para solteiros, casais e líderes da Igreja. De acordo com Lee, o objetivo dos sites de namoro online é fazer uma primeira identificação de potenciais parceiros com base em indicadores de compatibilidade.

"Muitos solteiros católicos têm dificuldade para encontrar católicos com a mesma visão de mundo e estão cansados de procurar nos bares e nas baladas", explica ela. "Como a internet e as mídias sociais já fazem parte da nossa vida, usá-las no contexto do namoro pode ajudar os católicos a conhecerem outras pessoas de fé que, se não fosse assim, eles provavelmente não encontrariam".

John e Mary Hathaway se conheceram através do site Ave Maria Singles em 1999, quando John morava no Estado norte-americano da Geórgia e Mary vivia no Estado da Virgínia. Ele é membro laico dos carmelitas descalços. Ela estava pensando em se tornar freira antes de conhecer John.

"O que era muito bom no Ave Maria Singles eram os perfis detalhados", conta John. "Nós ficamos sabendo muita coisa um do outro antes de trocarmos o primeiro e-mail".

O primeiro e-mail de John impressionou Mary. Seguiram-se muitos outros durante o mês de dezembro, até que a primeira conversa por telefone aconteceu no Ano Novo de 2000. A conversa durou quatro horas. Depois de uma segunda conversa de mais quatro horas, eles se encontraram pessoalmente e começaram a namorar no mesmo dia. Em julho de 2000, John e Mary se casaram. Eles têm hoje quatro filhos.


Outra história bem-sucedida de namoro online foi protagonizada pela família Escobedo. "Eu sempre quis me casar e ter filhos", conta Cecilia Escobedo. "E eu queria me casar com um verdadeiro católico, em todos os sentidos, mas não encontrava esse homem". Cecilia e o marido, Gonzalo, se conheceram graças ao Ave Maria Singles em julho de 2001.

Ela se impressionou com o perfil online de Gonzalo. Depois de algumas semanas trocando mensagens de e-mail, eles passaram a conversar por telefone. Três meses depois, resolveram se encontrar pessoalmente. Cecilia morava na Flórida e Gonzalo, que é médico, em Delaware. "Não estou inventando. Quando eu vi o Gonzalo, entendi na hora que era para ser". O casamento foi celebrado em dezembro de 2001 e o casal tem hoje oito filhos, que Cecilia educa em casa [nota: Gonzalo e Cecilia são adeptos do chamado “homeschooling”, ou educação doméstica dos próprios filhos. Nos Estados Unidos, diferentemente do Brasil, esta modalidade de ensino é legalmente permitida, mediante o cumprimento de requisitos curriculares determinados e a apresentação de exames por parte das crianças em instituições aprovadas].

Para Elizabeth Boyle-Contreras e seu marido, Bobby Contreras, o encontro online foi a resposta para meses de oração. Eles se conheceram no CatholicMatch.com. Os dois moravam na mesma cidade do Texas e começaram a conversar por telefone toda noite, durante horas. "Nós quebramos todas as regras no primeiro encontro", relata Elizabeth. "Falamos de religião, do nosso passado​​, de casamento, de filhos e do que estávamos procurando num cônjuge. Eu cheguei em casa depois do encontro e disse à minha mãe que ia me casar com aquele homem".

E eles se casaram. Foi em janeiro de 2008, exatamente um ano depois do primeiro encontro. Elizabeth e Bobby já tinham um filho cada um, frutos de relacionamentos anteriores. As crianças participaram da cerimônia de casamento e testemunharam a consagração do matrimônio dos pais a Nossa Senhora de Guadalupe. Nove meses depois, o casal trouxe ao mundo o seu novo filho. "Ele foi o melhor dos presentes de casamento", declara Elizabeth.

O namoro online mudou consideravelmente ao longo dos últimos anos. Longe de ser visto hoje como uma “atividade secreta”, ele se tornou uma forma comum e normal de se conhecer o possível cônjuge, tanto que muitos casais, formados graças às combinações felizes propostas pelos sites de namoro, gostam de compartilhar a sua história e torcem para que outras pessoas consigam receber as mesmas bênçãos que eles receberam.

É de fundamental importância, no entanto, manter sempre o bom senso e avaliar com muita prudência o site que se pretende usar, assim como o perfil de cada usuário com quem se entra em contato. Em sua maioria, os sites de namoro online não são católicos. Além disso, é muito comum que eles sejam acessados por gente que não tem as mesmas boas intenções que você pode ter. 

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