Como as crianças com deficiência concebem o mundo?

Com o objetivo de normalizar e eliminar barreiras e estereótipos, a Fundação Adecco dedicou os últimos 8 anos a reunir as aspirações profissionais, inquietudes e desejos das crianças com deficiência.

Os resultados nos mostram como elas concebem o mundo: a fidelidade, a família, a solidariedade e a imaginação são constantes em suas respostas.

Como a pesquisa foi feita com crianças espanholas, elas decidiram que seu “chefe” ideal seria o rei Felipe VI (a segunda opção seria o Papa Francisco, seguido de Justin Bieber e Jesús Vázquez) e suas profissões favoritas seriam: jogador de futebol para os meninos e professora para as meninas.

Entre os dados mais destacados da pesquisa, encontra-se o carinho pela família. As crianças com deficiência antepõem a família a qualquer oportunidade que lhes surja. Em geral, não trabalhariam fora da Espanha, teriam seus pais como chefes e, ao aposentar-se, sua principal atividade seria desfrutar da família.

Também se mostram reivindicativos e generosas e pedem que “coloquem mais rampas e elevadores”, que “ensinem a todo mundo a linguagem de sinais” e que “ninguém nos olhe diferente”.

Mas, além de “pedir” por si mesmos, as crianças com deficiência não se esquecem dos outros, e muitas das suas respostas nos sugeriram uma imensa generosidade. Em 2013, elas nos deram uma grande lição “anticrise”, propondo a ajuda aos outros e a partilha como receitas de ouro para que a situação melhorasse.

Divertidas opções de empreendimento

As crianças com deficiência optam pela imaginação e propõem numerosos tipos de negócio, como criar uma “empresa de ajustar carros”, um “circuito de karts” ou montar “uma loja de vestidos de princesa” para as meninas.

Uma fábrica de chocolate, doces mágicos que não engordem, videogames e treinadoras de cachorro são outros negócios que podemos destacar da imaginação dessas crianças em suas respostas.

Interessantes e divertidas respostas, que mostram a imaginação das crianças com deficiência, e com as quais podemos nos aproximar um pouco mais do seu mundo, tentando romper as barreiras e os estereótipos.