Os Estados Unidos fizeram nesta sexta sua primeira intervenção militar direta desde a retirada de suas tropas, em 2011O poderoso líder xiita Moqtada al-Sadr afirmou nesta sexta-feira que os jihadistas estão a ponto de atacar a capital iraquiana, e prometeu mobilizar seus combatentes para defender Bagdá.
"Grupos terroristas concluíram seus preparativos para um ataque a Bagdá", afirmou Sadr em um comunicado.
"Estamos preparados para defender a cidade, para fornecer reforços às forças de segurança e para trabalhar em coordenação com as autoridades com o objetivo de enfrentarmos qualquer cenário", acrescentou.
No fim de junho, ele havia anunciado a formação das Saraya al-Salam (Brigadas da Paz, ndlr) para defender os locais religiosos no Iraque.
Essas brigadas, criadas em resposta à ofensiva de insurgentes sunitas iniciada no dia 9 de junho, incluem ex-combatentes do Exército do Mahdi, que lutou contra as forças americanas antes de ser oficialmente dissolvido em 2008.
Os Estados Unidos fizeram nesta sexta sua primeira intervenção militar direta desde a retirada de suas tropas, em 2011, bombardeando posições dos jihadistas que ameaçam o Curdistão iraquiano e milhares de cristãos e yazidis.
Os jihadistas, que proclamaram em junho um "califado" nas regiões conquistadas no Iraque e na Síria, foram contidos em sua ofensiva a algumas dezenas de quilômetros de Bagdá. De acordo com especialistas, eles não têm um número suficiente de combatentes para atacar Bagdá.
Os principais redutos do grupo Estado Islâmico mais próximos à capital estão em Khurf al-Sakhr, 50 km ao sul; em Fallujah, 60 km a oeste, e em cidades situadas cerca de 70 km ao norte.
(AFP)