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Francisco convida funcionário do Vaticano para viajar com ele à Coreia

Ary Waldir Ramos Díaz - publicado em 11/08/14

“Acho que o Papa quer estar perto de mim e da minha família neste momento tão triste”, conta Giovanni Albertini, que acabou de ficar viúvo
Giovanni Albertini, de 50 anos, é um funcionário administrativo na central telefônica do Vaticano há 25 anos. Ele é pai de duas crianças e ficou viúvo há 4 meses. “Meus filhos me disseram que ficariam muito contentes se eu aceitasse viajar com o PapaFrancisco à Coreia do Sul”, comentou, em uma conversa com a Aleteia.
 
O assessor da sala de imprensa do Vaticano não revelou detalhes de quem era a pessoa escolhida e os motivos pelos quais viajaria com o Papa. Na coletiva de imprensa sobre a visita de Francisco à Coreia do Sul, o Pe. Federico Lombardi comentou apenas que este é um gesto simbólico do Papa para manifestar seu apreço e envolver a comunidade de funcionários da Cidade do Vaticano nesta experiência.
 
Albertini contou à Aleteia alguns detalhes deste acontecimento único na história das viagens internacionais de um pontífice.
 
Como você recebeu o convite a viajar com o Papa Francisco à Coreia do Sul?
 
Inicialmente, o secretário-geral (o cardeal Pietro Parolin) me comunicou que existia esta possibilidade. Ele me perguntou se eu poderia viajar com o PapaFrancisco em meados do mês de agosto. Naturalmente, foi uma honra.
 
Depois, falei com a minha família. Também fui contatado pelo substituto da Secretaria de Estado (Giovanni Angelo Becciu), quem voltou a falar sobre esta possibilidade, que aceitei com muito prazer.
 
Quantos anos de serviço no Vaticano?
 
Já são 25 anos. Trabalho atualmente na parte administrativa e na programação.
 
Casado?
 
Infelizmente, minha esposa faleceu há 4 meses. Estávamos casados há 17 anos.
 
Ela não fumava e tinha uma vida muito saudável (a esposa de Giovanni faleceu devido a um fulminante tumor no pulmão, aos 44 anos, N. da R.).
 
Você tem filhos?
 
Sim, dois filhos pequenos, de 13 e 9 anos.
 
Você acha que o convite do Papa é um gesto de atenção diante da sua dor?
 
Acho que o PapaFrancisco quer estar perto de mim e da minha família neste momento tão triste.
 
Você teve a oportunidade de encontrar-se com o Papa Francisco?
 
Encontrei-me com o PapaFrancisco há um ano, na Missa celebrada para os funcionários em Santa Marta. Só essa vez.
 
Como você vai se organizar durante a viagem, com seus filhos pequenos?
 
É, a organização desses 6 dias de ausência não será fácil. Mas tenho a ajuda dos avós das crianças, que estarão com elas enquanto eu estiver fora.
 
O que seus filhos acharam do convite do Papa?
 
Meus filhos estão muito contentes. De fato, eles me disseram: “Pai, o senhor precisa ir! Não se preocupe conosco”. Então, eu decidi aceitar fazer esta viagem.
 
Como será a viagem?
 
Estarei com o séquito do PapaFrancisco. Portanto, ficarei atrás do Papa. Acompanharei todos os seus movimentos, que são muitos.
 
Como a comunidade de funcionários do Vaticano – seus colegas – recebeu a notícia da viagem?
 
Meus colegas estão muito contentes pela proposta que me foi feita; vários deles me disseram que fiz bem em aceitar.
 
Com sua experiência de tantos anos de serviço no Vaticano, você diria que este é um gesto sem precedentes?
 
Sim, realmente sem precedentes.