Quanto ao foguete disparado contra Jerusalém, o porta-voz da Polícia, Micky Rosenfeld, disse à AFP que não tinha informações sobre um foguete que teria caído na cidade e que um pode ter sido interceptado fora da zona urbana.
Uma série de ataques israelenses atingiram a Faixa de Gaza, incluindo um que atingiu uma casa durante a noite, matando uma mulher e uma criança, ferindo outras 16 pessoas, provavelmente da mesma família, de acordo com as equipes de socorro palestinos.
‘Sabotar as negociações’
Na segunda-feira à noite, israelenses e palestinos haviam chegado a um acordo de última hora para prolongar a trégua por 24 horas, até esta terça-feira à meia-noite (19h00 de Brasília). E nada indicava que as discussões pudessem levar a um acordo duradouro entre as partes, com exigências aparentemente inconciliáveis.
Sem um acordo, o temor é grande em ver novos combates em alguns meses em um território que já está em sua terceira guerra em seis anos.
Os palestinos -representados no Cairo por uma delegação composta por representantes do Hamas, da Jihad Islâmica e da Organização pela Libertação da Palestina (OLP) à qual pertence a Autoridade Palestina- afirmaram em diversas oportunidades que não assinariam um acordo que não estabelecesse uma retirada do bloqueio israelense de Gaza.
Já os israelenses fazem da desmilitarização do enclave uma condição indispensável.
O Egito apresentou aos protagonistas uma proposta em que ambas as partes se comprometeriam a interromper os combates e que prevê a reabertura dos postos de passagem na fronteira. Esta é uma reivindicação da Autoridade Palestina, expulsa de Gaza pelo Hamas em 2007. O tema mais complicado é o das aberturas de um porto e de um aeroporto, às quais Israel de opõe. Essa questão ia ser deixada para depois.