O sentimento de todos, seja do Papa ou da família de James Foley, é que estes trágicos fatos não se repitam
O Papa Francisco ligou ontem (21) para a família de James Foley, o jornalista americano decapitado no Iraque por jihadistas do Estado Islâmico. O vídeo do assassinato tinha sido divulgado pelos extremistas como forma de espalhar o terror. O vice-diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Ciro Benedettini, contou sobre o telefonema do Papa:
“O telefonema aconteceu ontem de noite um pouco depois das 20 horas (horário da Itália), logo após o jantar do Papa. Obviamente em inglês com um intérprete, também em língua espanhola. O Papa quis demostrar a sua proximidade para com aquela família, que vive esta dor. Em particular, falou inicialmente com a mãe, que é católica, e que demonstrou uma grande fé, que de qualquer maneira impressionou também o Papa Francisco. Falou depois com o pai, e depois com um membro da família de língua espanhola, assim o Papa pôde falar em espanhol. Obviamente, o sentimento de todos, seja do Papa ou da família, é que estes trágicos fatos não se repitam”.
Segundo o padre jesuíta americano James Martin, os pais de Foley, que vivem em Richmond, New Hampshire, estão “comovidos e gratos” pela proximidade do Papa.
James Foley, 40 anos, católico, tinha estudado na Marquette University, dos jesuítas, no Estado americano de Wisconsin. Permaneceu sempre em contato com eles, informando seus deslocamentos nas regiões de guerra, das missões humanitárias das quais fazia parte, mas sobretudo pedia orações. O terço – como confidenciou em uma carta – o fortaleceu nos meses de prisão no Líbano, depois na Síria, onde foi sequestrado em 2012.
A mãe de Foley afirmou que estava orgulhosa do filho e da coragem que demonstrou sacrificando a sua vida para mostrar ao mundo o sofrimento daquele povo, e lançou um forte apelo aos sequestradores, para que mantenham a vida dos outros reféns.
A universidade dos jesuítas organizou para o próximo dia 26 de agosto uma cerimônia religiosa em sua homenagem.