O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou duramente nesta sexta-feira "o hediondo e covarde" assassinato do jornalista James Foley pelos jihadistas do Estado Islâmico.
Em um comunicado aprovado por unanimidade, os 15 membros do Conselho exigiram a imediata libertação de todos os reféns em poder dos extremistas islâmicos.
"Os membros do Conselho de Segurança destacaram que o EI deve ser combatido e a intolerância, a violência e o ódio que difundem, extirpados".
O EI exibiu na Internet na terça-feira um vídeo com a execução de Foley, provocando a condenação mundial.
O jornalista, de 40 anos, trabalhava na Síria para o site de notícias Global Post e estava sequestrado desde novembro de 2012.
O Conselho destacou que os responsáveis pela execução devem prestar contas à Justiça e chamou todos os países a cooperar com os Estados Unidos para tal objetivo.
Na quarta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou firmemente o assassinato, e descreveu a execução como um "crime abominável que caracteriza a contínua campanha de terror que o EI empreende contra os povos do Iraque e da Síria".
EUA
A execução do jornalista americano representa um "ataque terrorista" contra os Estados Unidos – disseram fontes da Casa Branca, três dias depois que o Estado Islâmico divulgou um vídeo com sua decapitação.
"Quando se vê como se mata alguém de uma maneira tão horrível, isso representa um ataque terrorista contra o nosso país e contra os cidadãos americanos", afirmou o vice-conselheiro de Segurança Nacional, Ben Rhodes.
Para Rhodes, a execução de Foley "representou um vexame, um ataque não apenas a ele. Como é americano, vemos como um ataque ao nosso país".
O vice-conselheiro reafirmou que o governo dos Estados Unidos se opõe ao pagamento de resgate para libertar reféns de "organizações terroristas" por considerar que não é uma "boa política".
"Em longo prazo (…) proporciona financiamento adicional às organizações terroristas, o que lhes permite expandir suas operações", acrescentou.
Sem ser específico, ele disse ainda que há um "pequeno número" de reféns americanos na Síria e garantiu que "vamos continuar fazendo o que pudermos para tentar trazê-los para casa".
"Essa é uma organização que tem uma visão estratégica apocalíptica que, em algum momento, tem de ser derrotada", insistiu.
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(AFP)