O Papa Francisco recebeu ontem, na residência de Santa Marta, o cardeal Antonio Maria Veglio, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes.
Na audiência privada, eles conversaram sobre o drama da população do Iraque, perseguida pela violência dos milicianos do Estado Islâmico, segundo comentou o purpurado à Rádio Vaticano.
“O Papa Francisco pede que a Igreja esteja em primeira linha na defesa dos mais fracos”, disse.
O cardeal falou de “prófugos” e “refugiados” para definir o caso dos cristãos que fogem dos seus lugares de origem para não ser assassinados.
“Não consigo entender como podem dizer, como já se disse, que ‘devem ser devolvidos ao seu país’.” O prelado considerou este um pensamento absurdo. “Eu acho que nisso falta humanidade, mas também inteligência.
Veglio afirmou que não se pode fechar os olhos diante da situação no Iraque, porque seria como a hipocrisia de algumas pessoas que diziam desconhecer o holocausto. “Hitler massacrou os hebreus e depois muitos disseram: ‘Ah, eu não sabia nada’. Tudo hipocrisia! É preciso fazer alguma coisa.”
A comunidade internacional? Faz pouca coisa
“A comunidade internacional faz muito pouco”, disse, respondendo a uma pergunta de Sergio Centofanti, da Rádio Vaticano, e considerou que os governos da Europa demonstraram insensibilidade.
“Infelizmente, temos muitos problemas na Europa. Portanto, falando de maneira egoísta, pensa-se muito em si mesmo e pouco nos outros.” No entanto, “são problemas relativamente pequenos (trabalho, saúde, economia) se comparados com os desse pobre povo iraquiano, que foge para não ser degolado”, concluiu o cardeal Veglio.
Da mesma maneira, indicou que o drama do êxodo no Iraque não pode ser resolvido apenas por um país europeu.
Hitler matava e muitos diziam não saber: que não seja assim no Iraque

AP
Ary Waldir Ramos Díaz - publicado em 29/08/14
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