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A conversão do ator Mark Wahlberg

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Mauricio Artieda - publicado em 12/09/14
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“Tudo aquilo que aconteceu de positivo na minha vida foi por causa da minha fé”
Confesso que não gosto de escrever sobre coisas de Hollywood. Não é raro que nós, católicos, nos emocionemos quando um ator diz algo sobre a fé, e com grande facilidade o propomos como modelo de vida cristã. Depois o mesmo ator diz algo estúpido e ficamos decepcionados. Mas Mark Walhberg parece ser um tipo sinceramente católico, e há um bom tempo seu testemunho sobre a fé é muito positivo e me agrada o fato de que fale disso explicitamente no ambiente onde está.

O ator Mark Mahlberg tem 39 anos, ganhou um Oscar e tem uma história pessoal difícil. Nascido em uma família humilde, teve uma juventude tempestuosa. Consumiu e vendeu drogas, trabalhou como modelo e cantor de Rap e foi preso por ter ferido um amigo em uma briga.

Na prisão se converteu. Encontrou Deus em meio a tanta miséria e voltou para sua fé católica. Iniciou assim sua carreira como ator: surpreendeu pela brilhante interpretação em “Retorno do nada” (1995) e continuou com sucessos como “A tempestade perfeita” (2000), “O planeta dos macacos” (2001) e “The italian Job”. Pela sua interpretação como Dignan em “Os Infiltrados” (2006), foi nomeado como melhor ator, seja pelo Golden Globe que pelo Oscar. Pouco depois apareceu em “Shooter” (2007) e em “Fim dos Tempos” (2008), de M. Night Shyamalan.

“Muitas pessoas têm uma crise, são presas e encontram Deus, e quando não têm necessidade se esquecem Dele. Eu passo grande parte do meu dia louvando a Deus por todas as bênçãos que Ele me concedeu”, Mark Mahlberg.

Para muitos, ele vive o ápice da carreira. E revelou que este sucesso “anda de mãos dadas com o meu novo encontro com Deus através da Eucaristia”. Wahlberg sustenta que por determinação própria vai à Missa todos os domingos. “Se é necessário interrompo as gravações, mas vou sempre à missa, é muito mais importante que o trabalho”.

Para o autor, a é “consolação, sentido, tudo”, e por isso reconhece se sentir arrependido de ter ferido muitas pessoas na sua vida, “as quais pedi muitas vezes que me perdoassem”. Declara também que quer ajudar os jovens “para que não percorram o caminho que percorri durante a juventude”, através da sua fundação: The Mark Wahlberg Youth Foundation.

No último 5 de agosto, saiu nos Estados Unidos seu último filme, a comédia “The Other Guys”, e na primeira semana o filme estourou na bilheteria. Por isso, a revista Time (16.VIII.2010, p. 3) fez dez perguntas propostas pelos leitores. Selecionei duas, ao meu ver, reveladoras:

Quando era adolescente, viveu uma vida dissoluta e chegou até a ser preso. Qual conselho daria aos seus filhos para que não cometam os mesmos erros? – Adriana Alvarez, San José, Costa Rica.

Cometi muitos erros porque tinha muito tempo livre. Meus pais trabalhavam durante muitas horas no dia para nos dar o que comer, e eu ficava pouco tempo com eles. Por isso, agora, antes de aceitar um papel, asseguro-me que sobre tempo para estar com meus filhos e poder participar, em todos os aspectos, da vida deles. Minha mulher e eu buscamos envolvê-los nos principais valores, e a é o mais importante. 

Até que ponto o fato de ser um católico praticante o ajuda em sua carreira? – Ari del Rosario, Manila.

Tudo aquilo que aconteceu de positivo na minha vida foi por causa da minha fé. Muitas pessoas têm uma crise, são presas e encontram Deus, e quando não têm necessidade se esquecem Dele. Eu passo grande parte do meu dia louvando a Deus por todas as bênçãos que Ele me concedeu. Se tudo acabasse hoje para mim, estaria feliz, porque na minha vida percorri um itinerário maravilhoso.