"Querem disfarçar as mesmas fórmulas capitalistas tomando as bandeiras dos movimentos ambientalistas", afirmou.
O presidente boliviano Evo Morales, que falou em nome do G77+China – presidido por seu país -, afirmou que as nações desenvolvidas devem tomar a iniciativa por sua responsabilidade histórica no aquecimento global.
Morales manifestou dúvidas em relação à sinceridade e à credibilidade de alguns, como por exemplo, os países que não ratificaram ou abandonaram o Protocolo de Kyoto, como Estados Unidos e Canadá.
Próxima escala: Peru
Mas a batalha para chegar a um acordo internacional está longe do fim.
China e Índia, que são ao lado dos Estados Unidos os maiores emissores de gases do efeito estufa, não enviaram seus principais líderes ao encontro e estarão representados apenas por um vice-primeiro-ministro, Zhang Gaoli, no caso de Pequim, e pelo ministro do Meio Ambiente, no caso indiano.
Pequim e Nova Délhi resistem a reduzir as emissões porque não aceitam desacelerar o crescimento e insistem que os países mais ricos devem pagar a maior parte da conta.
"A China está disposta a trabalhar com outros para construir um futuro melhor", disse Zhang.
Quase 250 presidentes de empresas participam da reunião de Nova York, assim como instituições financeiras e ONGs.
As primeiras reações das organizações ambientais foram comedidas.
"Saudamos os compromissos assumidos pela França e por outros, mas são insuficientes", comentou a ActionAid USA.
Para o Greenpeace, o anúncio é "um sinal importante para os países mais vulneráveis, mas os detalhes continuam ambíguos".
Os olhos do mundo estão voltados agora para o Peru, que em dezembro organizará a conferência da ONU sobre o clima, na qual o presidente Ollanta Humala espera que sejam estabelecidas "bases amplas e balanceadas para um acordo universal vinculante em Paris".