A luta pelo poder nas organizações é causa de permanentes conflitos que desgastam desnecessariamente as dinâmicas relacionais e organizativas, gerando divisões que afetam a unidade e visão da organização.
Existe um conceito errôneo de autoridade no qual o gestor procura se impor diante dos outros, tentando mostrar ao outro "quem manda aqui".
O autoritarismo contém algumas visões distorcidas das pessoas a quem se deve guiar, as quais são vistas como uma ameaça ou como sujeitos que não têm iniciativa ou capacidades próprias; por trás de tais atitudes esconde-se a soberba, pois o chefe se acredita superior aos outros e frequentemente atropela a dignidade dos funcionários.
O gestor autoritário tende a querer manter tudo sob controle; nada pode ser feito sem sua autorização; ele quer regulamentar tudo. Só ele dita ordens, as quais devem ser acatadas com prontidão e sem discussão. Não admite exceção alguma às suas exigências.
A pessoa autoritária busca justificar as atitudes prepotentes argumentando a incapacidade das outras pessoas ou acreditando que seu modelo de gestão é o único jeito de fazer as coisas funcionarem. O medo e as ameaças podem dar resultados em curto prazo, mas nunca gerarão adesão, compromisso e fidelidade a longo prazo.
O líder autêntico gera espaços de liberdade nos quais o funcionário pode se desenvolver; apoia e promove iniciativas sem sentir-se ameaçado pelo desenvolvimento dos seus colegas de trabalho. Reconhece as conquistas dos outros e é agradecido com o apoio recebido, pois sabe que não é possível caminhar sozinho.
O líder autêntico realmente escuta os outros, não se sente ameaçado por opiniões diferentes das suas. Não pretende ter todas as respostas nem ter a última palavra em tudo. É capaz de reconhecer seus erros e pede ajuda para superá-los.
O verdadeiro poder é o serviço, não o autoritarismo. A liderança baseada na entrega e no serviço, longe de ser uma fraqueza, rompe as barreiras inúteis e as distâncias que dividem a instituição. O que verdadeiramente gera compromisso é a integridade, a justiça e a coerência da pessoa que exerce a autoridade.
(Artigo publicado originalmente pelo Centro de Estudios Católicos)
Qual é a diferença entre autoridade e autoritarismo?

© Luis Louro/SHUTTERSTOCK
Aleteia Vaticano - publicado em 26/09/14
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